São Paulo – A proposta do setor patronal para os trabalhadores do Grupo 10 – setores de lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico, entre outros – na base da CUT no estado de São Paulo agora também prevê reajuste salarial de 8%, sendo 1,82% de aumento real, para aproximadamente 35 mil metalúrgicos. Os sindicatos da categoria fazem assembleias até o final desta semana para avaliar a proposta, o que deve finalizar a campanha salarial da categoria.

Os trabalhadores do Grupo 3 – autopeças, forjaria e parafusos – e da Fundição, assinam amanhã (2) a renovação da convenção coletiva, que terá validade de dois anos para as cláusulas sociais, com negociação anual para as cláusulas econômicas. O acordo coletivo dos metalúrgicos da CUT já foi fechado em Sorocaba, Itu, Pindamonhangaba, ABC paulista, Salto, Itaquaquecetuba, Cajamar, Bauru e Taubaté. Os demais grupos devem assinar a renovação sexta (4).

Para o presidente da Federação dos Sindicatos Metalúrgicos (FEM) da CUT no estado,Valmir Marques da Silva, o Biro-Biro, o resultado da campanha é positivo. “Sem dúvida, é um dos maiores acordos do país neste momento”.

Força e CSP-Conlutas

Os metalúrgicos da General Motors de São José dos Campos, no interior, representados pela CSP-Conlutas, paralisaram hoje (1º) por 24 horas as atividades da montadora, contra a proposta apresentada pelo setor patronal para “criação de uma política salarial própria da empresa”. O acordo teria validade até 2015, com reajuste, em novembro deste ano, de 7,5% para salários até R$ 7.300. Acima disso haveria o pagamento de uma parcela fixa de R$ 547,50. Para 2014, ficaria garantido a reposição da inflação, sem aumento real.

“A proposta apresentada pela GM chega a ser uma provocação aos metalúrgicos”, afirma o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região, Antonio Ferreira de Barros, o Macapá.

Já em São Caetano (Força Sindical), no ABC paulista, os metalúrgicos aprovaram hoje em assembleia acordo negociado na véspera com a GM e válido por três anos. Segundo o presidente do sindicato, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, a proposta inclui 8% em 1º de outubro e R$ 3.500 de abono a ser pago nesta sexta-feira (4), reajuste com base no INPC mais R$ 3.700 em setembro de 2014 e INPC mais R$ 4 mil em setembro de 2015.

Os trabalhadores haviam iniciado paralisação ontem, após rejeitar 7,3% de reajuste, que não contemplava os mensalistas (administrativos). O acordo aprovado abrange os 11.800 funcionários da unidade, sendo sendo 8.300 horistas.