Bancários do BB param em protesto contra novo plano de funções

Manifestações seguem até 20 deste mês, Dia Nacional de Luta

São Paulo – Funcionários do Banco do Brasil lotados nos complexos Verbo Divino, São João, CSL, CSI, Vila Mariana e em agências de São Paulo e Osasco cruzaram os braços hoje (7) em protesto contra as alterações no novo plano de funções gratificadas. As manifestações, deliberadas em assembleia no dai 25 de fevereiro, vão continuar até o dia 20 deste mês. 

“Vamos lutar e envolver todos os trabalhadores para garantir que não haja redução no valor das comissões e também para que todas as verbas tenham reajuste na Campanha Nacional. Essas mudanças foram feitas unilateralmente pela diretoria do banco, sem diálogo com os trabalhadores, e pode gerar um enorme passivo trabalhista”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo Osasco e região.

Segundo a secretária-geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Raquel Kacelnikas, os trabalhadores deram grande demonstração de força. “Deixaram claro para o banco que não aceitam as mudanças unilaterais no plano de funções, muito menos o assédio moral que tomou conta de diversos setores da empresa”, disse.

Segundo Raquel, as manifestações irão prosseguir e já está marcado Dia Nacional de Luta para o dia 20 deste mês. “Esse protesto integra o calendário de mobilização indicado pelo Comando Nacional dos Bancários e que também foi aprovado pelos trabalhadores em assembleia. Dessa forma, é importante que já comecemos a organização nos locais de trabalho para fazermos forte mobilização conjunta”, destaca.

Terça-feira e ontem (6) dirigentes sindicais denunciaram a parlamentares e ao governo federal os prejuízos que as medidas adotadas para os funcionários e para o Banco do Brasil, por conta de futuro passivo trabalhista.

Segundo o sindicato, em alguns locais, como no Complexo São João, no centro de São Paulo, o banco chamou a Polícia Militar, por volta das 5h, e lançou mão de interdito proibitório para tentar intimidar os trabalhadores.