Metalúrgicos da CUT assinam acordos, mas um dos grupos mantém impasse

Sindicalista afirma que não aceita proposta de reajuste inferior a 10%

Uma das convenções já assinadas pela federação dos metalúrgicos foi com o setor de fundição (Foto: Juliana Souza/ FEM-CUT-SP/ Flick)

São Paulo – A Federação dos Sindicatos Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores (FEM-CUT) em São Paulo assina, nesta quarta-feira (28), convenções coletivas com cinco grupos econômicos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Todos os acordos preveem reajuste salarial de 10% (incluindo 2,42% de aumento real) na data-base, 1º de setembro. Com o Grupo 10 (setores de lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação e material bélico, entre outros) o impasse continua, após reunião realizada na terça-feira (27).

Segundo a FEM, a proposta do G10 inclui reajuste escalonado. O aumento seria de 9% para empresas com até 30 trabalhadores e de 9,55% nas indústrias acima de 30 funcionários. “Fechamos em todos os grupos o aumento salarial de 10%. Jamais aceitaremos esta proposta, queremos reajuste linear de 10% para todos os trabalhadores do G10”, afirmou o presidente da federação, Valmir Marques, o Biro Biro. Nova reunião será realizada na semana que vem, em data ainda a ser definida.

Os acordos assinados nesta quarta são dos setores de fundição, Grupo 3 (autopeças, forjaria e parafusos), Grupo 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos, refrigeração, equipamentos ferroviários e rodoviários, entre outros), estamparia e Grupo 2 (máquinas e eletrônicos). Essas negociações envolveram aproximadamente 200 mil trabalhadores.