TST volta atrás e ações de libertação continuam para trabalhadores da Infinity

Presidente do tribunal decidiu voltar atrás após perceber que Infinity “omitiu informações relevantes”

São Paulo – O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), João Oreste Dalazen, voltou atrás de sua própria decisão e decidiu manter a libertação dos cortadores de cana que trabalham no grupo Infinity, em Naviraí (MS). Os trabalhadores contratados pela empresa agrícola foram flagrados pelo grupo móvel de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) no início de julho. em condições de trabalho análogas à escravidão.

Após a denúncia do MiTE, o desembargador Ricardo Alencar Machado solicitou a interdição das frentes de trabalho e rescisão nos contratos do 827 cortadores de cana, sendo 285 indígenas e 542 migrantes de Minas Gerais e da região Nordeste.

A liminar do desembargador havia sido cassada por Dalazen no dia 20 de julho. No entanto, após a pressão de movimentos organizados e associações que trabalham pela garantia dos direitos humanos, o presidente do TST reconsiderou a própria decisão e permitiu a continuidade das atividades relativas à libertação. Dalazen justificou a revisão pelo fato de o Grupo Infinity “omitir informações”.

Com a revogação, a liminar do desembargador volta a ter validade. A Advocacia-Geral da União (AGU) informou que a Infinity concordou em rescindir os contratos de trabalho de todos os empregados dispostos a deixar o local.

Com informações da agência Repórter Brasil