Secretário de Direitos Humanos de SP critica pastor no comando de comissão

Segundo Rogério Sottili, pastor do PSC terá dificuldades para se relacionar com todos os segmentos da sociedade ao presidir colegiado na Câmara dos Deputados

São Paulo – O secretário municipal de Direitos Humanos de São Paulo, Rogério Sottili, afirmou hoje (7) que o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) não é uma pessoa adequada para a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. “Não é o nome mais adequado para presidir a Comissão de Direitos Humanos porque vai ter dificuldades para se relacionar com todos os segmentos da sociedade”, disse. Segundo o secretário, as pessoas não acreditarão que ele poderá representá-las adequadamente na comissão e na defesa dos direitos humanos.

Marco Feliciano, pastor de 15 igrejas evangélicas e apresentador de TV, foi eleito hoje presidente da comissão, após uma semana de polêmicas. Ele fez anteriormente, em rede social na internet, declarações contra a união de pessoas do mesmo sexo, que a Aids seria um “câncer” gay e que os negros teriam acentrais amaldiçoados por Noé.

Desde o último dia 27, parlamentares que integravam o colegiado tentaram convencer o PSC, que obteve direito à vaga graças aos critérios de proporcionalidade, indicasse outro nome, mas a indicação de Feliciano acabou prevalecendo. O ápice da polêmica se deu durante a sessão de ontem, quando o até então presidente, Domingos Dutra (PT-MA), decidiu encaminhar a questão à Mesa Diretora da Câmara. Hoje, parlamentares de PT, PSB e PSOL deixaram a comissão em protesto contra a eleição do pastor. 

 

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