Telefone celular terá dez dígitos em SP a partir de 2011

Mesmo para chamadas locais, seria necessário digitar o código de área. Números atuais manteriam o 11 enquanto os novos ganhariam o código de área 10

Mais gente tem chips de diferentes operadoras, o que contribui para acelerar a escassez de combinações (Foto: Michal Ufniak/Sxc.hu)

São Paulo – A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) abre consulta pública a partir da próxima semana para ampliar os números de telefones celular para dez dígitos. A medida está prevista para a região metropolitana de São Paulo em virtude da escassez de combinações possíveis com os oito dígitos atuais. A medida passaria a vigorar em 2011, começando por máquinas de cartão de crédito e modens de acesso à internet móvel.

O parecer da conselheira da Anatel Emília Ribeiro foi aprovado na quinta-feira (13) em reunião do conselho diretor da agência. A consulta pública será aberta na próxima terça-feira (18) por 45 dias. No período de discussão com a sociedade, a medida pode alterada. As audiências públicas ocorrem em São Paulo e em Brasília.

A sugestão elaborada pela área técnica da agência, segundo Emília, é de se criar um novo código de área para a região metropolitana. Assim, os celulares que entrarem depois da implantação da medida serão precedidos do código 10 e os atuais telefones manterão o código 11, que já faz parte do número, mas não é usado atualmente nas ligações locais.

Depois da mudança, para fazer uma ligação para os atuais celulares, a pessoa deverá discar 11 e o número antigo. Para chamar os celulares adquiridos a partir da alteração, será necessário discar 10 e outros oito dígitos. As ligações continuariam a ser tarifadas como chamadas locais. Se a ligação for feita de fora da região metropolitana, esses dois prefixos funcionarão como um DDD. Nestes casos, as ligações continuarão precedidas de zero, código da operadora de longa distância e o número 10 ou o número 11, mais os oito dígitos.

Segundo a agência, a possibilidade de aumentar em um dígito todos os números do país chegou a ser aventada, mas foi descartada pelo alto custo e por ser desnecessárias em todas as outras regiões.

As operadoras que atuam na região deverão negociar com a Anatel um cronograma para adequação das redes. É com base nesse cronograma que se decidirá quando a mudança entrará em vigor, mas a estimativa é de que ocorra no próximo ano. As empresas terão ainda que fazer uma campanha de esclarecimento aos clientes e à população em geral. Toda essa mudança vai custar R$ 135 milhões, segundo o parecer.

De acordo com a Anatel, no fim de 2009, existiam 25,47 milhões de celulares em operação na região metropolitana de São Paulo, enquanto a disponibilidade numérica é de 37 milhões. Com o novo código de área, essa capacidade sobe para 74 milhões.

Entre os motivos do aumento da demanda por combinações está na ampliação do número de pessoas que têm mais de um chip de operadoras distintas.

Com informações do Vermelho