Vacinação infantil dá sinais de estagnação no Brasil. Faltam doses, mas também há hesitação por conta das mentiras disseminadas pelo presidente e movimentos antivacina, aponta sanitarista
Pasta teria sofrido ataque “hacker” em dezembro, o que passou a prejudicar a divulgação de informações
Ministro da Saúde é acusado de crime de responsabilidade ao atrasar a vacinação infantil e não apurar vazamento de dados pessoais de profissionais da saúde
De acordo com o cientista de dados Isaac Schrarstzhaupt, coordenador da Rede Análise Covid-19, situação prejudica monitoramento do avanço da ômicron por parte do poder público e da comunidade científica
Estados conseguiram enviar dados ao Ministério da Saúde pela primeira vez desde 10 de dezembro. Média de casos é a maior desde agosto
Profissionais questionam postura do ministro em relação à vacinação infantil, afirmando que ele “atende, acima de tudo, aos interesses políticos e ideológicos” de Bolsonaro
Apagão de dados da covid começou em setembro. Ministério da Saúde dificultou notificações e, na sequência, vieram os “ataques hackers” sem explicação
Apesar da urgência, imunização ainda não tem data para começar. Posição do governo Bolsonaro preocupa a comunidade de especialistas principalmente diante da chegada da ômicron. “Temos que iniciar o mais rápido possível”, alerta Mellanie Fontes-Dutra
Autorização foi concedida nesta quinta (16). Vacinação do novo grupo, no entanto, não será imediata porque o Ministério da Saúde ainda não solicitou a compra de doses. A previsão é que 70 milhões de crianças sejam imunizadas