Coordenador da Rede Nossa São Paulo cobra plano de contingência e mais transparência na gestão da crise

Centro de estudos de desastres naturais afirma que condições atuais de chuvas e captação concorrem para esgotar o sistema; neste mês choveu apenas 60,9 milímetros, 22,5% da média histórica

Em situação crítica, Cantareira recua para 6% e Alto Tietê baixa 0,2 ponto percentual, para 10,6%; chuvas acumuladas no mês estão abaixo do nível de janeiro de 2014

Pela primeira vez, o governador Geraldo Alckmin admitiu que já existe racionamento de água em São Paulo.O presidente da Sabesp, Jerson Kelman, disse na quarta-feira (14) a possibilidade do Sistema Cantareira secar em março deste ano. Porém, quais iniciativas poderiam ter sido implementadas nos últimos anos que poderiam ajudar a garantir segurança hídrica para São Paulo? Para o professor Ivanildo Hespanhol diretor do Centro Internacional de Referência em Reuso de Água da USP, a retirada de água de outros mananciais não garante que a disponibilidade futura do recurso, pois algumas bacias já se encontram situação de estresse hídrico. Para ele, a independência hídrica de São Paulo depende do reuso de água de esgoto, porém a iniciativa foi apresentada há 12 anos e engavetada pelas autoridades responsáveis pela gestão da água. Reportagem de Anelize Moreira

Juíza da 8ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo afirma que, antes de aplicar multa aos consumidores, Alckmin deve cumprir a lei e decretar oficialmente o racionamento de água no estado

Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) mostra que níveis de precipitações estão aquém de valores históricos e não são capazes de recuperar mananciais; Cantareira cai para 6,4%

Pedro Luiz Côrtes, pesquisador da USP, considera inevitável que Alckmin decrete o racionamento, já que os níveis de chuvas apontam que não haverá recuperação de mananciais neste ano

Kelman disse que já passou instruções para reduzir ainda mais a retirada de água do Sistema Cantareira, que opera com 6,7% da capacidade dos reservatórios

Ontem (8) choveu nas cabeceiras apenas 1,4 milímetro e neste mês o nível acumulado é de 47,1 milímetros; média histórica para janeiro é 271,1 milímetros