Proposta de Bolsonaro para o sistema público de aposentadoria e pensão se apresenta não apenas anacrônica para o seu financiamento, como atrasada, para não dizer regressiva
Comentarista político analisa riscos para todo o sistema de proteção dos trabalhadores e chama atenção para mobilização das centrais sindicais pelo país
Se a proposta for aprovada, os trabalhadores prestes a se aposentar terão trabalhar e contribuir por mais tempo. Os mais prejudicados serão os mais pobres, que começam a trabalhar mais cedo
Pelas regras de transição apresentadas pelo governo, elas vão trabalhar mais sete anos e contribuir mais 10 para ter aposentadoria integral. Homens terão mais cinco anos de trabalho e contribuição
Proposta altera idade mínima, não inclui militares, cria sistema de capitalização privada e prevê cortes no BPC. Contribuição para se aposentar com 100% da média salarial será de 40 anos
Regime de capitalização pode levar à falência do INSS, que paga quase 70% das aposentadorias no Brasil; seguridade social também corre perigo. Projeto de 'reforma' deve ser apresentado nesta quarta