O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, terá o prazo de 10 dias, a partir de fevereiro, para se manifestar sobre o pedido de afastamento do cargo feito no mês passado pela Procuradoria Geral da República. O prazo foi decidido nesta terça-feira pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, solicitou o afastamento de Eduardo Cunha do mandato e da presidência da Câmara sob o argumentos de que o parlamentar usa o cargo para atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato e as apurações do Conselho de Ética da Câmara, que analisa pedido de cassação de seu mandato. Para o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ) os 10 dias concedidos pelo STF para a defesa de Cunha, na prática são mais de 50 dias. Reportagem Marilu Cabañas.

Parlamentares que pediram o afastamento de Eduardo Cunha comentam que o peemedebista conseguiu se eleger presidente da Câmara da mesma maneira que sempre operou na vida política, nos currais de votos, no clientelismo. Cunha foi acusado de ter recebido $ 5 milhões de dólares em propina pelo empresário Júlio Camargo, durante depoimento ao juiz Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato. Reportagem Marilu Cabañas. Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil.