Mais Médicos

Programa surgiu de demandas de prefeitos de todos os partidos, diz Padilha

Ministro afirma que debate provocado pela vinda de profissionais estrangeiros ajudou a mudar o paradigma de saúde pública no país

Roberto Stuckert Filho/PR

Dilma, com o médico cubano Juan Delgado e Alexandre Padilha, na sanção da lei que institui o Mais Médicos

São Paulo – Na cerimônia que marcou a sanção da lei que institui o programa do governo federal Mais Médicos, na manhã de hoje (22) em Brasília, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, voltou a rebater críticas feitas ao programa – taxado como eleitoreiro principalmente por entidades da classe médica – desde que foi anunciado pela presidenta Dilma Rousseff, em junho deste ano.

Segundo ele, o Mais Médicos apareceu como resposta à demanda apresentada por prefeitos em reuniões com a presidenta Dilma desde janeiro, no início das novas gestões dos municípios. A reivindicação foi reforçada pelos protestos populares por melhorar nos serviços públicos, de junho passado.

“Todas as medidas que tomamos junto ao Ministério da Educação para aumentar formandos em medicina não davam conta da demanda que a população tinha e os prefeitos deixaram claro isso no começo de suas gestões. Quero deixar clara a determinação de todos prefeitos, de todos os partidos, que solicitaram que construíssemos garantias inovadoras para levar mais médicos para a população. Por isso é estranho o que dizem sobre ser um ato eleitoreiro, já que a solicitação foi de prefeitos e prefeitas de todos os partidos deste país”, afirmou o ministro.

Padilha ainda agradeceu ao Congresso Nacional, que na semana passada aprovou a MP do Mais Médicos. O texto final transmite dos conselhos regionais de Medicina para o Ministério da Saúde a responsabilidade de emitir registros dos profissionais junto ao programa. Os conselhos ainda serão os responsáveis pela fiscalização dos profissionais no município. “Mais uma vez o Congresso aprimorou a iniciativa inicial do governo”, disse.

A cerimônia contou com a presença de centenas de médicos contratados pelo programa. Padilha foi muito aplaudido quando fez referência ao cubano Juan Delgado, que foi hospitalizado por médicos brasileiros em Fortaleza.

Para o ministro, as hostilidades e o debate provocado pelo programa ajudaram a marcar uma mudança de paradigma na saúde pública do país.

“Vamos mudar a mentalidade de que saúde só se faz dentro de hospital de altíssima complexidade”, disse, para ilustrar que a saúde preventiva é direito de toda a população.

“A maioria dos meus colegas médicos já mudou de opinião, já se convenceu da importância do programa.”

Leia também

Últimas notícias