São Paulo – O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, acompanhou a presidenta Dilma Rousseff na viagem a Cuba nesta segunda-feira (30) com a missão de aprofundar a cooperação em pesquisas, desenvolvimento de medicamentos e transferência tecnológica entre os dois países. Brasil e Cuba já têm acordos envolvendo 38 projetos na área. Doze deles, prioritários, referem-se à terapia e ao diagnóstico de diferentes tipos de câncer, tratamento de diabetes e produção de vacinas preventivas e terapêuticas. 

Na quarta-feira (1º), o ministro segue com a comitiva para o Haiti. “A integração de esforços é fundamental para que possamos produzir em nosso próprio país cada vez mais medicamentos e vacinas que beneficiem a população brasileira e nos permitam economizar recursos”, disse o ministro, em nota no site do Ministério da Saúde. “Além disso, a atuação cooperada entre Brasil e Cuba na reestruturação da saúde no Haiti possibilita que sejamos mais eficazes no atendimento a uma população tão sacrificada depois do desastre de 2010.”

O Ministério da Saúde também negocia com Cuba ações em saúde bucal, com o know-how do programa Brasil Sorridente, criado em 2004 no Brasil. Além disso, os países acertam a capacitação de profissionais para bancos de leite em Cuba e para o processamento do produto, para melhoria da saúde materno-infantil. O controle da qualidade de medicamentos e medidas regulatórias também estão em discussão.

Haiti

Os ministérios da Saúde do Brasil e de Cuba atuam juntos pela reconstrução do setor no Haiti. O Brasil chefia a Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah) desde 2004. Exerce ajuda humanitária, ampliada depois do terremoto de janeiro de 2010, e ajuda a manter a paz.

Dos R$ 135 milhões repassados pelo Brasil ao Haiti, R$ 69,9 milhões foram executados em 2011 em ações de saúde, agricultura e defesa. Entre as ações estão a recuperação de dois laboratórios e a construção de quatro unidades de saúde; aquisição de equipamentos e insumos de saúde; bolsas para capacitação de 2 mil agentes comunitários e 500 técnicos em saúde.

Segundo o ministério, como um dos resultados do trabalho do governo brasileiro na qualificação da gestão assistencial e de vigilância epidemiológica, o Haiti terá neste semestre uma campanha de vacinação massiva contra poliomielite, sarampo e rubéola.