São Paulo – Começaram hoje (4) e seguem até domingo (7) mutirões para a realização de cirurgia de catarata nos hospitais das universidades federais do Pará, Maranhão, Bahia, Ceará, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, de Grande Dourados (MS) e de Rio Grande (RS). A meta dos hospitais é realizar 820 procedimentos. A iniciativa integra a Política Nacional de Procedimentos Cirúrgicos Eletivos de Média Complexidade, do Ministério da Saúde.

Segundo a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), estatal subordinada ao Ministério da Educação criada para administrar hospitais universitários federais, que coordena os mutirões, o objetivo é antecipar a realização do procedimento em pacientes cadastrados pelo serviço de saúde em cada estado, onde são acompanhados, e diminuir assim a fila de espera. Entre os beneficiados, a maioria é formada por idosos, moradores de regiões mais afastadas, onde não há oferta de atendimento. A cirurgia é uma das mais procuradas pela população usuária do sistema público.

A catarata é a principal causa de cegueira em todo o mundo. A Sociedade Brasileira de Catarata e Implantes Intraoculares estima que a cada ano sejam registrados 120 mil novos casos. Para a entidade, deveriam ser realizadas anualmente 800 mil cirurgias para que nenhuma pessoa viesse a perder a visão em decorrência do problema.

A cegueira ocorre quando o cristalino – lente natural do olho responsável pela focalização da luz – perde sua transparência. Com isso, a luz não chega à retina, membrana delicada que reveste a superfície interna do globo ocular e que converte a luz em impulsos elétricos enviados para a região cerebral onde a visão é processada.

O cristalino torna-se opaco devido a inflamações, uso excessivo de alguns medicamentos, como os corticóides, doenças como diabetes e colesterol alto e também pelo próprio processo de envelhecimento.

Para o segundo semestre deste ano estão previstos outros dois mutirões, sendo um destinado a cirurgias nas áreas de oncologia, ginecologia e próstata e outro, a cirurgias gerais.