Mortalidade infantil cai e expectativa de vida sobe, diz OMS

Genebra – A mortalidade infantil caiu no mundo todo durante a primeira década do século, com o dobro da velocidade registrada na década de 1990, em parte graças ao aumento […]

Genebra – A mortalidade infantil caiu no mundo todo durante a primeira década do século, com o dobro da velocidade registrada na década de 1990, em parte graças ao aumento nos gastos com a saúde pública, disse a Organização Mundial da Saúde na sexta-feira. A entidade afirmou que houve um declínio igualmente impressionante na quantidade de mulheres que morrem devido a complicações da gestação e do parto – e um aumento na expectativa média de vida, que passou de 64 anos em 1990 para 68 em 2009.

Mas os serviços mundiais de saúde ainda continuam sobrecarregados pelo “duplo ônus” das doenças infecciosas e das doenças ligadas a maus hábitos, como as doenças cardíacas, segundo o Relatório Mundial de Estatísticas Sanitárias, publicado anualmente. “Muito mais foi feito depois do ano 2000, e isso está valendo a pena”, disse o diretor de estatísticas da OMS, Tiés Boerma, a jornalistas.

Ele vinculou esse progresso a um aumento nos gastos com o atendimento médico, os programas de vacinação, a educação e outros fatores. “É uma combinação de intervenção da saúde e melhoria socioeconômica”, disse o diretor à Reuters.

O relatório pede investimentos ainda maiores nos serviços de saúde, especialmente nos países mais pobres. O texto estima que o gasto per capita com a saúde em países de baixa renda foi de US$ 32, ou 5,4% do PIB – contra US$ 4.590, ou 11% do PIB, nos países de alta renda.

De acordo com a OMS, a mortalidade infantil caiu 2,7% ao ano desde 2000, o dobro do ritmo do declínio visto na década anterior. As mortes entre crianças com até cinco anos caíram de 12,4 milhões em 1990 para 8,1 milhões em 2009, segundo a estatística.

O número de mulheres mortas em decorrência da gestação e parto caiu 3,3% ao ano desde 2000, enquanto na década anterior o declínio foi de 2% ao ano. Doenças crônicas como câncer, doenças cardíacas e diabetes alcançaram proporções de epidemia global, e causam mais mortes do que todas as outras doenças somadas, disse a OMS no mês passado.

As condições são agravadas pelo tabagismo, obesidade e outros fatores de risco, acrescentou a entidade. Cerca de quatro a cada 10 homens e uma a cada 11 mulheres são fumantes, e um a cada oitro adultos é obeso, segundo o novo relatório, a ser apresentado no final deste mês numa reunião de ministros da Saúde dos 193 países integrantes da OMS.

Fonte: Reuters

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