Crianças serão imunizadas contra poliomielite e sarampo em oito estados

Brasília – A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, este ano, será acompanhada da Campanha de Seguimento contra o Sarampo em oito estados brasileiros – São Paulo, Minas Gerais, […]

Brasília – A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, este ano, será acompanhada da Campanha de Seguimento contra o Sarampo em oito estados brasileiros – São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Bahia, Ceará e Alagoas. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recomendou também nesta terça-feira (7) que brasileiros adultos com até 39 anos que pretendem viajar para o exterior devem atualizar sua vacinação contra o sarampo. 

Nessas localidades, no dia 18 de junho, crianças menores de 5 anos devem receber a primeira gotinha contra a poliomielite, conhecida como paralisia infantil. No mesmo dia, crianças de 1 a 7 anos também vão receber a vacina tríplice viral (injetável), que imuniza contra o sarampo, a rubéola e a caxumba. Depois, no dia 13 de agosto, os menores de 5 anos desses estados devem retornar aos postos para receber a segunda gotinha contra a poliomielite.

Nos demais estados, no dia 18 de junho, crianças menores de 5 anos devem receber a primeira gotinha contra a poliomielite, enquanto crianças de 1 a 7 anos vão aguardar até o dia 13 de agosto para receber a vacina tríplice viral. E também no dia 13 de agosto, nesses outros estados, haverá nova campanha contra a pólio, dessa vez para que as crianças recebam a segunda gotinha da vacina.

De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, os nove estados que vão aplicar primeiramente a tríplice viral foram escolhidos em razão do surto de sarampo na Europa e por se tratarem de regiões com grande densidade populacional, alto índice de turistas e/ou baixa cobertura vacinal. O Rio Grande do Norte também havia sido selecionado, mas a Secretaria Estadual de Saúde informou que não tem logística para realizar a Campanha de Seguimento contra o Sarampo no dia 18 de junho.

Para ambas as doenças, a meta do governo é vacinar 95% do público-alvo – 14,1 milhões de crianças contra a poliomielite e 17 milhões contra o sarampo.

Crianças com febre acima de 38 graus centígrados ou com alguma infecção, de acordo com o Ministério da Saúde, devem ser avaliadas por um médico antes de procurarem os postos de saúde. Também não é recomendado vacinar crianças com problemas de imunodepressão (como pacientes com câncer ou com aids) ou que já apresentaram reação alérgica severa a doses anteriores das vacinas.

A imunização contra a poliomielite e contra o sarampo é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e está disponível durante todo o ano nos postos de saúde. O ministério orienta que mesmo as crianças que já receberam a vacina pelo calendário básico retornem aos postos para receber uma nova dose, como forma de reforço contra as doenças.

O último registro de poliomielite no Brasil aconteceu em 1989, na Paraíba. Em 1994, o país recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) o certificado de eliminação da doença. Entretanto, 26 países ainda apresentam circulação do vírus – quatro deles em situação endêmica (Afeganistão, Índia, Nigéria e Paquistão).

No caso do sarampo, nos primeiros cinco meses deste ano, já foram registrados dez casos da doença: três no Rio de Janeiro, três no Rio Grande do Sul, um em São Paulo, um na Bahia, um em Mato Grosso do Sul e um no Distrito Federal. De acordo com o ministério, os casos foram de pessoas não vacinadas que tiveram contato com viajantes portadores da doença. Desde 2000, o vírus não circula livremente no Brasil.

Bactéria E.coli 

Sobre o surto da bactéria E.coli, também na Europa, Padilha afirmou que o Brasil está “vigilante” e em contato com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Ele explicou que a bactéria é considerada comum, mas, desta vez, uma variação provocou a produção de uma toxina que causa diarreia grave, com sinais de hemorragia.

“Pessoas que vão viajar, sobretudo para a Alemanha, provável fonte do surto, devem reforçar orientações básicas de higiene, não ingerir alimentos crus, ter cuidado com leite que não seja pasteurizado e com carne crua”, disse.oença. Desde 2000, o vírus não circula livremente no Brasil.

Fonte: Agência Brasil

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