HIV: 47% das pessoas em condições de terapia têm acesso a tratamento

Cerca de 34 milhões de pessoas convivem com o vírus no mundo

(Foto: Elza Fiúza/ Agência Brasil)

São Paulo – As estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) são de que 47% (6,6 milhões) das 14,2 milhões das pessoas que têm condições adequadas para o tratamento em países de baixa e média rendas tiveram acesso a terapia antirretroviral em 2010. Isso significa um aumento de 1,35 milhão em relação a 2009. Os dados constam do relatório divulgado nesta segunda-feira (21) pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids-Sida (Unaids).

Os dados também mostram que o tratamento teria um impacto significativo na redução de número de novas infecções por HIV. Em 2010 são estimadas 2,7 milhões de novas infecções, redução de 21% em relação a 1997, o auge da epidemia.

Havia cerca de 34 milhões de pessoas vivendo com o vírus HIV no mundo em 2010. Desde 2005, os óbitos relacionados à Aids diminuíram de 2,2 milhões para 1,8 milhão. Calcula-se ainda que 2,5 milhões de mortes foram evitadas em países de baixa e média rendas por causa de um maior acesso ao tratamento desde 1995.

As novas infecções provocadas pelo HIV vem diminuindo significativamente. Na África Subsaarina, caiu 26% desde 1997. Já na Europa Oriental, Ásia Central, Oceania e norte da África estão aumentando. Devido ao acesso ao tratamento, cerca de 400.000 novas infecções em crianças foram evitadas e 48% das mulheres grávidas tiveram acesso a terapias eficazes de prevenção e evitaram o contágios dos filhos.

“O marco de referência para investimento tem como foco as comunidades, as pessoas, e não é conduzido pelos insumos. O marco coloca as pessoas no centro da abordagem, não o vírus “, afirmou Michel Sidibé, diretor-executivo do Unaids.

O novo programa baseia-se em seis eixos: foca nas populações com maior risco de infecção (como trabalhadoras do sexo, usuários de drogas injetáveis e os homens que fazem sexo com homens), prevenção de novas infecções em crianças, promoção de práticas mais seguras, distribuição de preservativos, maior acesso a tratamento e assistência as pessoas com HIV, e a oferta de serviços de circuncisão médica masculina voluntária em países com alta prevalência de HIV.

 

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