Em Nova York, Dilma defende acesso a medicamentos como direito humano

No primeiro discurso da viagem de cinco dias aos Estados Unidos, presidenta pede acordos para evitar que patentes sejam entrave à distribuição de remédios

Presidenta Dilma Rousseff participa da Abertura da Reunião de Alto Nível sobre Doenças Crônicas Não-Transmissíveis, na ONU (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

São Paulo – A presidenta Dilma Rousseff destacou, no primeiro item de sua agenda oficial de quatro dias em Nova York, a importância ao acesso a medicamentos como um direito humano fundamental. “Sabemos que é elemento estratégico para a inclusão social, para a busca da equidade e para o fortalecimento dos sistemas públicos de saúde”, afirmou nesta segunda-feira (19).

Dilma participou da Reunião de Alto Nível sobre Doenças Crônicas Não Transmissíveis, aproveitando a oportunidade para lembrar que hipertensão, diabetes, câncer e enfermidades respiratórias respondem por 72% das mortes não violentas de brasileiros com até 70 anos. Os dados são do Ministério da Saúde.

“A incidência desproporcional dessas doenças entre os mais pobres demonstra a necessidade de respostas integrais ao nosso problema”, afirmou. Dilma lembrou que ocorre, no próximo mês, no Rio de Janeiro, a Conferência Mundial de Saúde, promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Ela pontuou ainda que uma de suas primeiras medidas à frente da Presidência foi o aumento do número de medicamentos contra estes enfermidades no Sistema Único de Saúde (SUS) e defendeu a intensificação do combate aos fatores de risco, como o tabagismo, o consumo abusivo de álcool e a falta de atividades físicas.

“A saúde da mulher é uma prioridade do meu governo. Estamos fortemente empenhados na redução da mortalidade infantil, pelo câncer de mama, o mais frequente, e pelo câncer do colo do útero, que ainda é um grave problema na região das mais vulneráveis do norte do meu país”, acrescentou.

A presidenta mencionou a importância de acordos internacionais que promovam a flexibilização de patentes sobre remédios, uma medida adotada algumas vezes durante o governo Lula, e defendeu a intensificação do combate aos fatores de risco, como o tabagismo.