Coronavírus: China não tem transmissão local pela primeira vez
Redução nos índices de contaminação indicam êxito das políticas de restrição de deslocamento, que começam a ser abrandadas
Publicado 19/03/2020 - 09h37
São Paulo – A China anunciou nesta quinta-feira (19) que nas últimas 24 horas não registrou nenhum novo caso de contaminação por transmissão local do coronavírus. Foram computados 34 casos de infectados que vieram do exterior, o maior número de casos “importados” nas últimas duas semanas, que somam 189 no total.
A Comissão Nacional de Saúde também informou oito óbitos nas últimas 24 horas de pacientes infectados pelo coronavírus, o que elevou o total de vítimas fatais no país para 3.245.
Os números indicam que a disseminação da doença está declinando, inclusive na província de Hubei, onde foram registrados os primeiros casos em dezembro do ano passado. Na capital, Wuhan, como em toda a região, as restrições de deslocamento impostas com a quarentena decretada em final de janeiro foram suavizadas, desde o último dia 14.
Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, com informações das agências Associated Press (AP) e France Press (AFP), a vida começa voltar ao normal nas grandes cidades chinesas. O comércio volta a abrir as portas. Para entrar em supermercados e restaurantes, é preciso medir a temperatura, além de ser proibido sentar frente a frente, durante as refeições.
Já é possível, inclusive, ver aposentados praticando atividades nos parques, todos com máscaras. “Durante a epidemia, todo mundo tinha muito medo. Agora podemos relaxar. Somos prudentes e mantemos distância para evitar qualquer risco de contágio”, disse Wang Huixan, de 57 anos.
A perspectiva de uma vacina
No início da semana, Academia Militar de Ciências Médicas da China anunciou que desenvolveu “com êxito” uma vacina contra o novo coronavírus (Covid-19). O Ministério da Defesa do país informou, inclusive, que já autorizou testes em humanos, que devem começar ainda nos próximos dias. A vacina foi desenvolvida pela equipe da epidemiologista Chen Wei, que afirmou que esta é “arma científica mais poderosa” para prevenir o contágio da doença.