NÚMEROS que assustam

Média móvel de mortes de covid-19 tem novo recorde no domingo: 1.832 vítimas no Brasil

País tem 53 dias seguidos com a média móvel acima de mil óbitos

Marcelo Seabra / Ag. Pará
Marcelo Seabra / Ag. Pará
Nos últimos 15 dias, número de internados aumentou de 14 para 44 no JU. Especialistas sugerem máscaras em lugares fechados

São Paulo – O Brasil bateu novo recorde, neste domingo (14), na média móvel de mortes decorrentes da covid-19 dos últimos 7 dias, com 1.831 óbitos. O país registrou 1.138 mortes pela doença nas últimas 24 horas e totalizou 278.327 óbitos. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de mais de 50%, indicando tendência de alta nos óbitos.

Os dados são do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), apresentados ontem. O Brasil bateu seu 16º recorde consecutivo na média móvel e são 53 dias seguidos com índice acima de mil.

Em casos registrados oficialmente, desde o começo da pandemia, 11.483.031 brasileiros já tiveram ou têm o novo coronavírus, sendo 43.781 confirmados no último dia. A média móvel nos últimos 7 dias foi de 66.353 novos diagnósticos diários, com tendência de alta também nos diagnósticos.

Fase roxa em São Paulo

A partir desta segunda-feira (15), o estado de São Paulo entra na fase roxa do plano emergencial. A classificação é ainda mais restritiva que a fase vermelha e foi lançada para conter o aumento de casos e mortes pela covid-19.

O estado seguirá nessa classificação por 15 dias e, durante este período, haverá “toque de recolher” entre as 20h e as 5h. Serviços que antes estavam liberados na fase vermelha agora serão proibidos, entre eles, a entrega presencial de mercadorias e alimentos em lojas e restaurantes. Celebrações religiosas coletivas e o uso de praias e parques também não são permitidos.

Neste domingo, o estado atingiu 64.123 óbitos, cerca de um quarto do total de mortos registrado no país e 2,4% das mortes registradas no mundo todo. Só na capital paulista, já morreram 19.543 pessoas. A ocupação de leitos de UTI atingiu 88,4% no estado. Já os leitos de enfermaria estão com 74,4% de ocupação.

Na região metropolitana da capital, a situação é ainda mais preocupante. A ocupação de UTIs está em 90%, e a de enfermarias em 81,6%, segundo dados do governo paulista.