pandemia avança

Pelo quarto dia consecutivo, Brasil registra mais de mil mortes pela covid-19 em 24 horas

País passa a Espanha e fica entre os cinco do mundo com mais óbitos: total chega a 27.878

Paula Fróes/GOVBA
Paula Fróes/GOVBA
Curva epidemiológica do Brasil segue em ascensão. Isolamento social é a única medida eficiente comprovada pela ciência contra o novo coronavírus

São Paulo – A pandemia de covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, já provocou 27.878 mortes no Brasil, com as 1.124 vítimas registradas nas últimas 24 horas, de acordo com boletim desta sexta-feira (29) do Ministério da Saúde. O número de doentes também segue em ascensão. No período, foram 26.928 novos casos, totalizando 465.166 infectados desde a chegada do vírus ao país. Com esses números, o Brasil é o epicentro da doença no mundo, segundo a Fundação Johns Hopskins, referência mundial em informações sobre a pandemia.

Além disso, a taxa de letalidade da doença é de 6%, superior ao padrão mundial, entre 2% e 3%. A principal razão é a subnotificação. A baixa oferta de testes é realidade reconhecida por autoridades de saúde e por entidades de pesquisa. A Johns Hopkins afirma que o país já tem mais de 1 milhão de casos, ou seja, mais da metade não é oficialmente reconhecida.

O Sudeste segue como região mais afetada: a região tem 161.640 infectados e 12.629 mortos e os dois estados mais atingidos pela doença no país. São Paulo lidera, com 95.865 doentes e 6.980 mortos. Mesmo com ocupação de leitos de UTI acima de 90% do maior centro urbano do estado, a Grande São Paulo, o governo João Doria (PSDB) anunciou um plano de relaxamento das medidas protetivas da população.

Na sequência vem o Rio de Janeiro, que vem apresentando maior quantidade de mortos por dia no Brasil. Durante toda a semana, foram mais de 200 óbitos diários. O estado já contabiliza 44.886 infectados por registros oficiais e 4.856 mortos.

O Nordeste é a segunda região mais afetada, com 147.692 casos e 7.986 mortos. Em seguida, vê Norte (94.085 doentes e 5.300 mortos), Sul (20.218 casos e 513 vítimas) e Centro-Oeste, com 14.603 doentes e 326 óbitos.

Curva epidemiológica no Brasil segue em ascensão