Gestão da saúde

Em Mauá, entidades sinalizam acordo, mas volta do prefeito traz incertezas

Átila Jacomussi (PSB), que havia sido preso pela Operação Prato Feito, voltou ao cargo na quarta (12), dia em que foi firmado acordo para a resolução de impasse na gestão da área de saúde do município

Valter Campanato EBC/Reprodução

Fundação ABC e prefeitura de Mauá divergem sobre valor da dívida do município com organização

São Paulo – Diante da crise na área da saúde enfrentada pelo município de Mauá, na região metropolitana de São Paulo, o Ministério Público do Trabalho, a prefeitura, o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde da região (SindiSaúdeABC) e a Fundação ABC (FUABC) – Organização Social de Saúde (OSS) – acordaram, nessa quarta-feira (12), o prazo de 15 dias para que as partes apresentem propostas para resolver o imbróglio da gestão no setor.

A FUABC, que administra e é responsável pelo atendimento no Hospital Nardini, nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Unidades Básicas de Saúde (UBSs), cobra do município uma dívida de mais de R$ 120 milhões, contestada pela prefeitura. O impasse entre a continuidade da entidade ou sua substituição no gerenciamento das unidades de saúde se soma agora às incertezas criadas após a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes que, na terça-feira (11), autorizou o prefeito Átila Jacomussi (PSB) a retornar ao cargo.

O prefeito havia sido preso na Operação Prato Feito, que apura desvio de verbas da União destinadas à merenda escolar e, solto em junho. Ele foi afastado do comando da administração do município por decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) e retomou, nesta quarta (12), o mandato.

Ao repórter Cosmo Silva, da Rádio Brasil Atual, o vereador Marcelo Oliveira (PT) considerou que as dificuldades pelas quais tem passado a cidade de Mauá serão aumentadas com a volta do prefeito e as mudanças no corpo administrativo. “Isso cria uma instabilidade muito grande no poder Executivo e Legislativo e quem termina sendo mais prejudicado é a população que necessita das políticas públicas de Mauá”, afirma o vereador. Assim assim, para o Sindisaúde ABC, a expectativa é que o prefeito solucione as questões em definitivo. 

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