Motociclistas são maioria entre vítimas do trânsito em São Paulo

Para atender vítimas, SUS aplicou R$ 140,5 mi em três anos. Em cresimento, valor gasto em 2010 seria suficiente para construir hospital com 200 leitos

São Paulo – O Sistema Único de Saúde (SUS) precisou desembolsar R$ 140,5 milhões nos últimos três anos para garantir o atendimento a vítimas de trânsito no estado de São Paulo. O levantamento foi divulgado nesta quinta-feira (25) pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Motoristas de motos são maioria entre as vítimas de 2008 a 2010.

Em geral, houve aumento de 28,8% das despesas no período, e o montante consumido em 2010 seria suficiente para construir um hospital com 200 leitos. No ano passado, foram R$ 56,7 milhões gastos. Em 2011, os valores consumidos indicam novos aumentos – foram R$ 30,1 milhões para 21,3 mil internações.

De acordo com o levantamento, os motociclistas responderam por 47,2 mil internações em unidades públicas no período, após acidentes no trânsito. O atendimento demandou R$ 59,6 milhões, 42,4% do total.

Os pedestres aparecem em segundo lugar entre os acidentados que demandaram atendimento público, respondendo por 27,8 mil internações. Motoristas e passageiros de automóveis particulares precisaram do serviço em 10,9 mil vezes, seguidos de perto por ciclistas: 9,6 mil internações.

Somados os ocupantes de caminhonetes, vans, ônibus, caminhões e veículos de tração animal, foram 11,5 mil vítimas que precisaram ser internadas.

O titular da secretaria, Giovanni Guido Cerri, qualificou os dados como sinal de uma “verdadeira epidemia”. Os números não revelam a quantidade de óbitos decorrentes de acidentes de trânsito, nem as sequelas, como amputações e lesões medulares.

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