São Paulo – O ministro Paulo de Tarso Sanseverino, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou na noite de ontem (26) a remoção de postagens de Facebook, Kwai e TikTok com informações falsas (fake news) ou desinformações sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR). A decisão foi divulgada nesta terça-feira (27).

Os áudios contêm “grave descontextualização”, de acordo com o ministro. Diversas agências de checagem comprovaram tratar-se de fake news. “Verifica-se, com efeito, do teor dos vídeos impugnados, que foram veiculados trechos de falas aleatórias do candidato Lula e da deputada Gleisi Hoffmann, assim como diálogos retirados de situações diversas das quais foram travados – ou até aparentemente inexistentes, como no caso das falas entre o pretenso assessor e o motorista de Lula –, no intuito de criar uma narrativa artificial, a partir de supostos fatos verídicos”, disse o ministro na decisão.

Segundo Sanseverino, as publicações com fake news contra Lula e Gleisi foram “manipuladas e editadas” para alterar o sentido das falas do presidenciável do PT e da deputada. A intenção dos manipuladores era “repercutir e interferir negativa e irregularmente no pleito, o que deve ser reprimido pela Justiça Eleitoral”, acrescentou o ministro.

A decisão foi concedida após a Coligação Brasil da Esperança, formada pelos partidos PT, PV, PCdoB, Psol, Rede, PSB, Solidariedade, Avante, Agir e Pros.

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Missão de Observação da OEA

No final da tarde de ontem, o chefe da Missão de Observação Eleitoral (MOE) da Organização dos Estados Americanos (OEA), Rubén Dario Ramírez Lezcano, junto com integrantes da delegação, se reuniu com o ministro Alexandre de Moraes, presidente da Corte. A conversa girou em torno do sistema eletrônico de votação. Lezacano se encontrou também com Jair Bolsonaro.

Antes do encontro, o chefe de governo mais uma vez manifestou a falta de cordialidade e de educação costumeiras com as autoridades. “Eu vou estar agora com o chefe dos observadores que vêm observar as eleições aqui. Eu vou perguntar: ‘vêm observar o quê?'”, disse ele.