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Tia Eron diz estar pronta para votar amanhã sobre cassação de Cunha

Deputada, que sumiu do Conselho de Ética, afirma em nota que preferiu se ausentar durante fase de discussão do relatório sobre Eduardo Cunha pelos parlamentares, mas que não faltará com o seu dever

reprodução/facebook

Tia Eron é tida como peça fundamental na votação do relatório sobre Eduardo Cunha

Brasília – Depois de ser criticada por não comparecer à sessão de hoje (7) do Conselho de Ética da Câmara, a deputada Tia Eron (PRB-BA) se manifestou no final da tarde de hoje (7), por meio de nota divulgada por sua assessoria dizendo que se encontra na Casa, no seu gabinete, e que cumprirá o seu dever. Ela é tida como peça fundamental na votação do relatório sobre Eduardo Cunha, cujo parecer do relator, Marcos Rogério (PDT-RO), é pela cassação do parlamentar. Seu voto é considerado o que vai definir a situação de Cunha – mas Tia Eron foi destaque na sessão, justamente pela sua ausência e diante das dúvidas sobre a forma como se posicionará.

“Estou convicta da grande expectativa que há em nosso país, referente a esta representação, e não me furtarei a cumprir com meu dever”, disse a parlamentar.

A deputada é considerada vinculada ao grupo de aliados de Cunha, mas afirmou no final de semana que votará pela “moralidade do Congresso Nacional”, dando a entender que seu voto será pela cassação do parlamentar afastado. Ontem, o presidente interino, Michel Temer, chamou de última hora integrantes do PRB para uma conversa no Palácio do Planalto. E ela já confidenciou a colegas que tem recebido, nos últimos dias, pressões “de todos os lados e todas as formas” por conta da forma de seu voto.

Na nota, a deputada diz estar a postos para cumprir sua obrigação no Conselho de Ética. Afirmou que, caso a sessão fosse culminar com a votação do relatório, ela apareceria para dar o seu voto, mas como os trabalhos ficaram limitados a discussões entre os parlamentares, preferiu acompanhar tudo do seu gabinete, diante de tanta polêmica em torno do seu nome.

Tia Eron ainda acrescentou que estava divulgando a nota para evitar maiores especulações a esse respeito. Como, ao final da sessão, muitos deputados disseram que os trabalhos só foram encerrados por conta de sua ausência, a deputada ressaltou ainda que o verdadeiro motivo da suspensão dos trabalhos foi o fato de o relator ter pedido vistas do voto em separado do deputado João Carlos Bacelar (PR-BA).