Temer: PMDB e PT estão juntos nas questões da Câmara e do governo

O vice presidente eleito, Michel Temer(Foto: Rodolfo Stuckert/Agência Câmara) Brasília – Depois do mal-estar causado nesta terça-feira (16), com o anúncio da criação de um superbloco liderado por peemedebistas na […]

O vice presidente eleito, Michel Temer(Foto: Rodolfo Stuckert/Agência Câmara)

Brasília – Depois do mal-estar causado nesta terça-feira (16), com o anúncio da criação de um superbloco liderado por peemedebistas na Câmara para disputar a presidência da Casa, PT e PMDB se reuniram nesta quarta-feira (17) com o vice-presidente eleito e presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB), para tentar apagar possíveis divergências. A criação do superbloco, que contaria com 202 deputados, maioria na Câmara, dificultaria cumprimento do acordo para os dois partidos se revezarem na presidência da Casa.

“Não houve dissenso. PT e PMDB estão juntos em todas as hipóteses: nas questões da Câmara e nas questões de governo”, disse Temer ao sair da reunião, que terminou há pouco. “O bloco é uma intenção que será formalizada no início da legislatura. Não há absolutamente nenhuma divergência entre os dois partidos”, ressaltou.

Temer se reuniu pela manhã com a presidenta eleita, Dilma Rousseff. O assunto não teria sido discutido no encontro. “Dilma não tocou no assunto nem mostrou preocupação com isso”, afirmou.

Para mostrar que os ânimos estão apaziguados, o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), saiu da reunião dizendo que a criação do superbloco será para facilitar o apoio ao novo governo e para evitar brigas por mais espaço na nova composição política.

“A pior coisa para a Dilma é começar o governo com essa divisão, que pode causar ressentimentos, sequelas entre nós. Vamos nos respeitar e fazer um pacto de não apelação, ninguém querendo se meter na seara dos outros”, disse o líder peemedebista. “O PMDB não será motivo de nenhuma dificuldade, de nenhum obstáculo. É o embrião de um bloco mais amplo que queremos criar, unir toda a base”, acrescentou.

O mesmo discurso adotou o líder do PT, Cândido Vaccarezza (PT). Segundo ele, o partido poderá fazer parte do superbloco no futuro. “Não tem discussão no PT sobre esse assunto. Esse é um problema que vamos resolver nos próximos dias. Essa é uma manifestação de intenção de construir um bloco no futuro”, disse.