Mesmo com invasão da PM à Câmara, pedidos de impeachment de Arruda são lidos

Deputados Reguffe (esquerda), Patrício (centro) e Milton Barbosa, na Mesa da Sessão (Foto: Edson Charles/CLDF) Mesmo em meio a um clima tenso, com a chegada de manifestantes favoráveis ao governador […]

Deputados Reguffe (esquerda), Patrício (centro) e Milton Barbosa, na Mesa da Sessão (Foto: Edson Charles/CLDF)

Mesmo em meio a um clima tenso, com a chegada de manifestantes favoráveis ao governador José Roberto Arruda (DEM) ao prédio da Câmara Legislativa do Distrito Federal, uma sessão extraordinária foi instalada. Foram lidos pareceres da Procuradoria Jurídica da Câmara aos pedidos de impeachment do governador.

O presidente em exercívio, Cabo Patrício (PT), leu parecer apresentado por Francisco Domingo dos Santos – o Chico Vigilante, presidente do PT. O parecer traz todo o rito para andamento da denúncia oferecida pro crime de responsabilidade, que começará com a eleição dos membros da Comissão Especial criada hoje para analisar as denúncias.

Foram lidos ainda os pedidos de impeachment apresentados pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do advogado Evilázio Viana Santos, além dos pareceres da Procuradoria aos demais pedidos apresentados. Foi considerado improcedente a denúncia de Estefânia de Souza de Viveiros, presidente da OAB-DF. O deputado Rôney Nemer (PMDB) chegou logo após a sessão ser iniciada.

A sessão teve nove deputados, três a mais do que o quórum mínimo exigido. São eles Milton Barbosa (PSDB), 3º secretário da Mesa Diretora, Chico Leite (PT), Erika Kokay (PT), Jaqueline Roriz (PMN), Paulo Tadeu (PT), Raad Massouh (DEM), Reguffe (PDT) e Rogério Ulysses (PSB).

Manifestantes

Os estudantes que até ontem ocupavam o plenário da Casa se transferiram para as galerias e corredores próximos. Durante a leitura dos pareceres, manifestaram-se diversas vezes, com palavras de ordem e vaias aos nomes citados nos relatórios.

Já os manifestantes pró-Arruda começaram a lotar a galeria do plenário, gritando: “Eu acredito no Arruda! Fica!”.

O deputado Paulo Tadeu (PT) acusou assessores do governador Arruda de estar “obrigando comissionados das administrações regionais a tumultuarem as investigações na Câmara”, disse. “Isso é uso de máquina pública, é crime”, defendeu o petista.

Erika Kokay, também do PT, pediu que a denúncia seja investigada: “É preciso identificar na entrada da Casa quem são esses manifestantes, para ver se a acusação procede”. Ela defendeu ainda o afastamento preventivo do governador.

Segundo Rafael Anjinhu, pelo Twitter, estudante de ciência Política da Universidade de Brasília (UnB), o Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar (PM) entrou no prédio.

Os estudantes estão acampados há uma semana na Casa. Eles deixaram a galeria temendo sua própria segurança e se transferiram para o auditório. Por conta do tumulto, as atividades administrativas da Câmara foram suspensas, e os servidores orientados a deixarem as dependências da Casa.

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