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Sem covid, Lula vai a Minas nesta quarta, e depois para o Nordeste

Ex-presidente estará em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, ao lado do vice, Geraldo Alckmin, e com Alexandre Kalil pela primeira vez após selada aliança

Ricardo Stuckert
Ricardo Stuckert
Aliança entre Lula e Kalil foi formalizada no dia 26 de maio

São Paulo – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) divulgou que testou negativo para covid-19, nesta terça-feira (14), e retomará atividades da pre-campanha. Lula vai a Uberlândia (MG), nesta quarta-feira (15), ao lado do pré-candidato ao governo de Minas Gerais Alexandre Kalil (PSD). É o primeiro evento em que Lula estará com Kalil em um ato de pré-campanha depois de a aliança entre ambos e seus partidos ter sido formalizada.

O deputado estadual André Quintão (PT) será o vice da chapa ao governo mineiro, enquanto o senador Alexandre Silveira (PSD) disputa a reeleição. Especificamente em torno da região, os membros da campanha local e nacional discutirão, entre outros temas, o desenvolvimento sócio-econômico do Triângulo Mineiro.

Coordenador da campanha no estado, o deputado federal do PT Reginaldo Lopes, líder do partido na Câmara, afirmou à RBA que o ato “vai mostrar muita força”. São esperadas 10 mil pessoas no Centro Universitário do Triângulo. Segundo ele, Lula lidera as intenções de votos na região com 56% ante 22% de Jair Bolsonaro.

As atividades externas de Lula estavam suspensas desde 5 de junho, depois de ele e sua mulher, a socióloga Rosângela da Silva, Janja, testarem positivo para a covid-19.

A importância do Sudeste

Em entrevista à Rádio Vitoriosa, de Uberlândia, Lula afirmou que uma eventual vitória eleitoral nos maiores estados do Sudeste terá grande impacto econômico em um futuro governo. “Se a gente ganhar as eleições para presidente e ganhar em estados como Minas, São Paulo, Rio de Janeiro, a gente pode fazer uma revolução nesse país do ponto de vista do crescimento econômico, da distribuição de renda. porque, na verdade, é disso que o Brasil está precisando”, disse Lula.

Lula reafirmou que, se for eleito, vai recriar o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), que em seus mandatos de 2003 a 2010 era chamado de “Conselhão” e reunia representantes da sociedade civil. A ideia, afirmou, é que “todos assumam responsabilidades com o Brasil”.

O ex-presidente também comentou a privatização da Eletrobras e a falsa ideia de que a desestatização da empresa vai baratear a conta de luz dos brasileiros. “Não vai baratear. A hora que privatizar, não vai ter o Luz para Todos, porque não tem empresário socialista neste país que está disposto a fazer energia, ligação de graça na casa das pessoas que precisam”, disse.

Programa de governo

Os sete partidos que compõem a aliança em torno da candidatura de Lula (PT, PV, PCdoB, PSB, Solidariedade, Rede e Psol) estão “desenhando” o programa de governo que deverá nortear a redação do texto a ser apresentado, possivelmente, na próxima terça-feira (21). Segundo o jornal O Globo, as legendas teriam aprovado na segunda-feira (13) uma proposta na área de segurança pública que inclui a valorização dos policiais.

A pré-candidatura de Lula e seu vice Geraldo Alckmin (PSB) também deve propor o “desmatamento líquido zero” como diretriz ambiental. A proposta é da Rede, do PV e do Psol. Desmatamento líquido considera o saldo entre a área verde derrubada e as reflorestadas.

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