‘Satanás’ quer dizer ‘adversário’ em hebraico, justifica Feliciano

Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara afirma que conversou com colega de partido que informou saída do colegiado após 'mal-entendido'

Feliciano ataca afirmando que a imprensa deveria se preocupar com outros assuntos (Foto: Alexandra Martins. Agência Câmara)

São Paulo – O deputado federal Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) justificou o uso do termo “Satanás”, ao se referir à Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, durante culto na última sexta-feira (28), afirmando que a palavra significa “adversário” no idioma hebraico. Em culto no município de Passos (MG), o deputado disse que a comissão era “dominada por Satanás”.

Por meio da rede social Twitter, ele disse ter conversado com a vice-presidenta da comissão, deputada Antônia Lúcia (PSC-AC), e pedido desculpas pelo “mal-entendido”. Relatou ter conversado também com o lider do partido na Câmara, André Moura (SE). “E aqui espero terminar esse assunto, lembrando que eu também era membro da CDHM”, escreveu Feliciano.

Para ele, os meios de comunicação deveriam prestar mais atenção em outros fatos, como os protestos que ocorreram durante a cerimônia. “Interessante seria a imprensa divulgar também o que os ativistas fizeram em Minas. Gritavam palavrões, batiam tambor, assustaram as crianças, atrapalharam o culto.”

A reunião de líderes que deveria discutir a situação de Feliciano, que estava prevista para amanhã (2), passou para a semana que vem. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), passou por uma cirurgia e ficará afastado de suas atividades nos próximos dias.