Dia na Comissão de Direitos Humanos da Câmara tem sala fechada e prisões ordenadas por Feliciano
A terceira reunião com Feliciano ocorreu, mas após muita confusão (Foto: Alexandra Martins. Agência Câmara) São Paulo – O dia na Comissão de Direitos Humanos da Câmara foi novamente marcado […]
Publicado 27/03/2013 - 19h14
A terceira reunião com Feliciano ocorreu, mas após muita confusão (Foto: Alexandra Martins. Agência Câmara)
São Paulo – O dia na Comissão de Direitos Humanos da Câmara foi novamente marcado por confusão, bate-boca, sala fechada e acusações, uma rotina desde que o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) foi eleito presidente do colegiado, no começo deste mês. Hoje, o parlamentar determinou a prisão de um manifestante e o fechamento da sala onde era realizada a sessão.
Feliciano tomou a decisão depois de ser chamado de racista pelo antropólogo Marcelo Régis, obrigado a prestar depoimento à Polícia Legislativa. “Aquele senhor de barba, chama a segurança, ele me chamou de racista e racismo é crime. Ele vai ser preso e terá que provar que eu sou racista”, afirmou o presidente da comissão.
O manifestante afirmou que apenas gritou palavras de ordem em protesto, assim como faziam outros presentes. Ele disse ainda que pediu a um dos palestrantes que abandonasse a mesa “composta por pessoas racistas” e se juntasse aos movimentos sociais.
Foi a terceira reunião da Comissão de Direitos Humanos e Minorias presidida por Feliciano. As duas primeiras tiveram de ser canceladas depois de tumulto provocado por manifestantes contrários à permanência de Feliciano na presidência.
Régis disse que foi tratado com “gentileza” em todo o processo pela Polícia Legislativa, afirmou não fazer parte de nenhum partido ou movimento organizado e se solidarizou com os movimentos gays, negros e feministas. Ele disse ainda que pretende voltar a se manifestar em todas as reuniões conduzidas por Feliciano.
Para tentar viabilizar o debate, a Polícia Legislativa da Câmara limitou o acesso de pessoas à comissão. Foram distribuídas senhas, em igual número para manifestantes pró e contra Feliciano, mas o deputado determinou o fechamento da sala.
Mais tarde, a Polícia Legislativa afirmou ter detido um manifestante que tentou invadir o gabinete do deputado. Allysson Rodrigues Prata foi levado à coordenação da polícia.