‘Quando o Parlamento se torna incapaz de resolver, é importante ouvir o povo’
Deputado do PT paulista, Vicentinho afirmou à Rádio Brasil Atual que o financiamento privado de campanhas é resultado de muita corrupção
Publicado 16/07/2013 - 17h24
São Paulo – O deputado federal Vicente Paulo da Silva (PT-SP), o Vicentinho, comentou hoje (16) a proposta de plebiscito feita pela presidenta Dilma Rousseff. Em entrevista à Rádio Brasil Atual, ele disse que a proposta de referendo, feita por partidos de oposição, não atende às demandas manifestadas nas ruas.
“Temos de lutar para garantir o plebiscito, que é um direito previsto na Constituição. Quando o Parlamento se torna incapaz de resolver é muito importante ouvir o povo. Um referendo é feito para o povo dizer sim ou não. O plebiscito é para o povo falar: ‘Eu quero isto e concordo com aquilo'”, disse Vicentinho.
Para o deputado e ex-presidente da CUT, o fim do financiamento privado de campanha é o ponto crucial a ser discutido na reforma política, já que este é um dos principais meios pelo qual grupos econômicos influenciam as decisões do Congresso: “Se você acaba com financiamento privado e tem apoio público, o parlamentar terá compromisso com o povo e não com grupos econômicos. O financiamento privado é resultado de muita corrupção.”
Na semana passada, alguns partidos da base aliada do governo federal (PCdoB, PSB e PDT) criaram o Fórum Nacional em Defesa da Democracia e do Plebiscito, com o objetivo de viabilizar a realização do plebiscito ainda este ano. O Fórum conta com o apoio da CUT e busca adesão de outras entidades da sociedade civil.
Apesar de não ter validade para as eleições de 2014 devido à “falta de tempo”, Vicentinho acredita que, feitos os debates e reflexões sobre os temas do plebiscito, o povo terá “sabedoria” para decidir.
Ele disse que, mesmo não valendo para as eleições de 2014, o plebiscito pode ser realizado agora. “Ele dará condições inclusive para que os deputados, eleitos e reeleitos, tenham um rumo a partir do momento da posse.”
O deputado criticou o fato de a oposição “não ter capacidade de apresentar propostas” e disse ser preciso rediscutir o apoio da base aliada interessada em cargos, sendo preciso votar a partir da concepção dos projetos.
Ouça a reportagem completa na Rádio Brasil Atual.