São Paulo – O PT pretende definir o candidato ao governo de São Paulo já no início de agosto. O objetivo é evitar o erro de 2010, quando o então candidato escolhido pelo partido, Aloizio Mercadante, atual ministro da Educação, foi definido em abril e oficializado em junho. A demora, segundo o líder do partido na Assembleia Legislativa, Luiz Cláudio Marcolino, favoreceu a eleição de Geraldo Alckmin (PSDB) já no primeiro turno.

Marcolino diz que a definição da política de alianças e a organização de caravanas pelo interior do estado para popularizar o candidato e conhecer as demandas sociais dependem de que a definição seja rápida. O líder citou cinco possíveis candidatos: Aloizio Mercadante, Marta Suplicy, José Eduardo Cardozo, Alexandre Padilha e Luiz Marinho.

Outra vantagem de a escolha se dar no máximo em agosto, “de preferência no início do mês”, de acordo com o líder do partido, é aumentar o tamanho da bancada. “Temos um potencial grande de crescimento, e quanto mais cedo o candidato for escolhido, mais deputados podemos eleger”, calcula. O PT elegeu 19 deputados em 2006 e 24 em 2010. Marcolino diz preferir não arriscar dizer quantas cadeiras a legenda deve fazer em 2014.

Segundo ele, a disputa interna deve ser abreviada pela unidade e “facilitar a política de alianças”. “Como mostrou a eleição do Fernando Haddad em São Paulo, só se ganha com unidade”, avalia. Marcolino garante que a bancada do PT na Assembleia vai querer participar do processo de debates e escolha do candidato ao governo estadual. “Não vamos abrir mão disso.”