PSDB e DEM brigam na Bahia, mas líderes não preveem abalo a aliança nacional

Tucanos não querem coligação na eleição para o Legislativo, mas deputados estauduais democratas insistem na tese

José Carlos Aleluia (DEM), cotado a vice de Serra. Disputa regional com tucanos (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Salvador – Apesar do clima de festa neste sábado (12) na confirmação de José Serra (PSDB) como candidato à Presidêncida da República, uma briga de última hora entre lideranças das principais legendas da coligação DEM-PSDB sacudiu os bastidores durante a semana.

Ambos os partidos nunca foram próximos no quarto maior colégio eleitoral do país, o que não os impediu de se unir este ano para dar um palanque a Serra no estado. Para a cabeça de chapa, foi escolhido o ex-governador Paulo Souto (DEM) e o também ex-governador Nilo Coelho (PSDB) para vice. As reservas entre as partes tampouco impedem que o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) seja um dos cotados à vaga de vice na chapa de Serra.

A bancada do DEM na Assembleia Legislativa da Bahia decidiu pressionar, nos últimos dias, o PSDB para haver coligação também na chapa proporcional. Os tucanos, porém, mostram-se irredutíveis e dizem que o DEM sabia da disposição de não haver uma coligação para os cargos ao Legislativo estadual e federal, inclusive, porque, haveriam assumido um compromisso com lideranças regionais que decidiram se candidatar sob essa condição.

 

As lideranças do DEM e do PSDB, entretanto, tentaram apaziguar a situação dizendo que as discussões não vão interferir nem na campanha estadual, nem na nacional. O DEM inclusive, por meio do presidente da legenda, Rodrigo Maia, reiterou que o nome a vice do candidato a presidente José Serra sairá do partido.