‘PSB estará mais ativo nas eleições’, avisa Eduardo Campos, em Porto Alegre

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos em agenda de pré-campanha no Rio Grande do Sul (©Serginho Néglia/PSB/divulgação) Porto Alegre – O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, […]

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos em agenda de pré-campanha no Rio Grande do Sul (©Serginho Néglia/PSB/divulgação)

Porto Alegre – O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, cumpre uma série de agendas políticas em Porto Alegre. Ele chegou nesta segunda-feira (8) e fica até a terça-feira (9), quando termina os compromissos participando de um painel no Fórum da Liberdade.

A primeira atividade do governador ocorreu na noite de ontem, quando compareceu à comemoração dos aniversário do deputado federal Beto Albuquerque (PSB), que também celebrou 27 anos de filiação ao partido.

Recepcionado por gritos de “a juventude já decidiu, é Eduardo presidente do Brasil!”, o governador foi prestigiado por diversas lideranças políticas, como a senadora Ana Amélia Lemos (PP) e o vice-governador gaúcho Beto Grill (PSB). Parlamentares federais e estaduais do PMDB, do PP, do PDT, do PTB, do PSD, do PCdoB e do PSDB compareceram ao ato. O PT não enviou representantes ao evento.

Antes da cerimônia, Eduardo Campos conversou por cerca de meia hora com a imprensa. O governador manteve o tom que sempre tem adotado em suas declarações, recusando-se a negar ou a confirmar de forma contundente uma eventual candidatura sua ao Palácio do Planalto. “Não temos procurado nenhum partido tratando de questão eleitoral em 2014. Temos conversado com diversos militantes políticos. Por alguns tenho sido procurado, outros eu tenho procurado para discutir o Brasil sem ansiedade eleitoral. O país precisa fazer um debate mais político e menos eleitoral, porque o que está em jogo é o futuro da nação”, contemporizou.

Eduardo Campos rebateu, de forma indireta, as críticas que vem recebendo de petistas, que temem que a candidatura possa roubar votos da presidenta Dilma Rousseff no Nordeste. “Não vai se fazer a conquista do direito à cidadania somente pelo direito ao consumo dos bens. É um debate que o Brasil precisa fazer sem a postura de excluir aqueles que colocam sua visão, (como se) aquele virou inimigo porque pode ser candidato. Isso é muito desprovido de conteúdo e de sentimento de brasilidade”, condenou.

Evitando citar partidos políticos ou possíveis aliados para 2014, o governador disse que não deseja “mediocrizar” o debate. “Não vamos mediocrizar o debate discutindo alianças antes de discutir em torno do que queremos nos juntar. Qual o conteúdo da aliança? Ao PSB não interessa um projeto de poder pelo poder, mas um projeto de país, onde o interesse da sociedade seja colocado no centro dessa aliança”, garantiu.

Eduardo Campos afirmou que é o “debate de conteúdo sobre o futuro do Brasil” que vai determinar a posição política do PSB em 2014. Mas já adiantou que o partido não será apenas um coadjuvante. “O PSB estará mais ativo em 2014 do que já esteve em outras eleições nacionais. Faremos uma opção eminentemente política em torno dos nossos sonhos, dos nossos valores, e em busca de um Brasil que quer mudança efetiva”, declarou.

Na entrevista à imprensa, o governador de Pernambuco – que, assim como Dilma, é economista – teceu algumas críticas à política econômica do governo federal. Ele condenou a adoção de “ações pontuais” e cobrou a reflexão sobre os problemas do país.

“Precisamos voltar a crescer de forma sadia, dando segurança ao investimento privado e desburocratizando o investimento público”, opinou. Para Eduardo Campos, o Brasil está ficando para trás em termos de construir saídas para a crise econômica.“Estamos vivendo o rescaldo da maior crise do capitalismo mundial, que surgiu pela sanha da irresponsabilidade do capital financeiro em seu centro, nos Estados Unidos, que já cresceram mais do que o Brasil em 2012”, comparou.

Com um discurso que não esconde o tom eleitoral, o governador de Pernambuco destacou as conquistas democráticas, econômicas e sociais das últimas décadas no país, mas afirmou que é preciso dar outros passos. “Dentro deste Brasil que caminhou, tem um outro Brasil que quer muito mais, que quer escola que funcione, saúde que não constranja e segurança pública que não faça o medo estar tão presente”, conclamou.

Numa demonstração de força, Campos fez questão de demarcar seu potencial eleitoral na conversa com a imprensa. “Fui reeleito com 83% dos votos e, na última pesquisa de opinião dos jornais locais em Pernambuco, temos 93% do apoio dos pernambucanos. Isso só se faz quando tem trabalho e responsabilidade”, exaltou.

Leia o texto completo na página do Sul21.