PMDB, PSDB e PT defendem urgência na aprovação da reforma política

Rio de Janeiro – Os representantes do PSDB, PMDB e do PT defenderam nesta terça-feira (18) urgência na aprovação da reforma política. A defesa foi feita durante palestra no 22º […]

Rio de Janeiro – Os representantes do PSDB, PMDB e do PT defenderam nesta terça-feira (18) urgência na aprovação da reforma política. A defesa foi feita durante palestra no 22º Fórum Nacional, que está sendo realizado no auditório do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, disse que o Brasil vive uma crise de representatividade, em que 60% dos eleitores não se acham representados por qualquer político no Congresso Nacional. Segundo ele, é preciso que haja prioridade na aprovação de questões como o financiamento público de campanha e a mudança no modelo eleitoral, com a adoção da votação em lista.

Dutra afirmou ainda que os últimos governos fizeram propostas de reformas políticas, mas nenhum deles teve o empenho necessário para que elas fossem aprovadas. “ O próximo governo deveria abordar a reforma como algo prioritário e logo no primeiro ano do governo. A modificação da legislação política e eleitoral está na base para atacarmos um problema vital das instituições do Brasil: a representatividade”, disse.

Para a segunda vice-presidente do PMDB, deputada federal Íris de Araújo (PMDB-GO), a reforma política deve ser encarada “para valer” e que questões como o financiamento de campanha e uma maior participação da mulher na vida política nacional devem ser resolvidas pela reforma. “ É preciso uma reforma abrangente e incisiva, sob pena de enfrentarmos retrocessos com consequências danosas para a vida nacional”, afirmou.

O ex-vice presidente e ex-secretário-geral do PSDB, Márcio Fortes, defendeu que a reforma política deveria englobar uma redução do número de partidos políticos e a adoção do voto distrital para os parlamentos. Segundo ele, pequenas mudanças já deveriam ser feitas para resolver problemas na representatividade política nacional, mesmo antes da aprovação de uma reforma política.

“A representação parlamentar já poderia ter sido inovada de diversas formas, mesmo sem uma reforma política. Algumas questões chegaram a ser propostas mas não foram levadas adiante, como a cláusula de barreira, a não autorização de coligações para eleições proporcionais e a adoção de novas regras para utilização do tempo no rádio e na TV. Isso tudo poderia contribuir para uma maior legitimidade”, disse Fortes.

Fonte: Agência Brasil