Para Serra, reeleição de Dilma representaria ameaça à democracia

A economia brasileira ficará 'abaixo do chão' em caso de reeleição, diz candidato derrotado pela petista em 2010, que afirma ainda que presidenta está colhendo 'frutos malditos' de Lula

Em Brasília, Serra afirmou que Dilma está piorando o quadro econômico do país (Foto: André Borges/Folhapress)

São Paulo – Convidado do PPS em conferência realizada hoje (12) em Brasília, o ex-governador e ex-candidato a presidente José Serra (PSDB) atribuiu ao PT a “captura do Estado brasileiro” e afirmou que uma reeleição de Dilma Rousseff deixaria a democracia e a economia “abaixo do chão”. Para ele, os petistas não hesitarão “em enfraquecer a democracia para se fortalecer”. O atual governo, diz o tucano, usa métodos ditatoriais para permanecer no poder, “não aceita a independência entre os poderes”, nem aceita “a imprensa livre”.

Serra disse ainda que a herança dos governos do PT “será a mesma deixada pela ditadura”. Para ele, a presidenta Dilma Rousseff está colhendo “frutos malditos”, segundo sua definição, a saber: “Desindustrialização, pibinho e a volta da inflação, que provoca instabilidade no país.”

Para o ex-candidato, a oposição tem de somar forças para vencer a eleição em 2014. Não se sabe, porém, se ele continuará no PSDB, cujos caciques têm dado reiteradas afirmações de que o senador mineiro Aécio Neves é o nome natural na disputa do próximo ano pelo Planalto. No plano estadual, a candidatura à reeleição do governador Geraldo Alckmin também caminha para ser confirmada. “A nossa responsabilidade é grande aqui. Juntos, precisamos encontrar alternativa. Como disse o Roberto (Freire, presidente do PPS) antes e, ao meu ver ele está certo, não sei se unindo tudo em torno de uma única candidatura ou se tendo várias candidaturas. Acho até que a segunda hipótese é a melhor”, opinou. 

Ministro de Fernando Henrique Cardoso e um dos principais articuladores do governo, Sérgio Motta, que morreu em 1998, chegou a dizer que o PSDB tinha um projeto para permanecer 20 anos no poder.

Com informações do site do PPS.