eleições brasileiras

Observadores internacionais destacam segurança e confiabilidade das urnas eletrônicas

Organização interamericana e delegação de países de língua portuguesa destacam comparecimento pacífico do eleitorado brasileiro

Eduardo Maretti
Eduardo Maretti
A urna eletrônica é "um dos pontos fortes" do sistema eleitoral brasileiro, disse missão internacional

São Paulo – Após acompanhar o primeiro turno das eleições brasileiras de 2022 neste domingo (2), o chefe da Missão de Observação da União Interamericana dos Órgãos Eleitorais (Uniore), Lorenzo Córdova, afirmou em entrevista coletiva nesta segunda-feira (3) que as urnas eletrônicas são “um dos pontos fortes” do sistema eleitoral brasileiro. Segundo ele, a delegação “pôde concluir e destacar com satisfação que um dos pontos fortes que nós observamos no sistema eleitoral brasileiro é precisamente o uso da urna eletrônica”.

Córdova classificou como “grande notícia” o fato de o sistema ter deixado de ser um “objeto de discussão política”. Ele destacou ainda que a missão concluiu pelo “reconhecimento especial” da confiança do brasileiro no sistema eleitoral e pelo comparecimento pacífico às urnas da população.

A Uniore afirmou também que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é uma “referência regional” na implementação do voto em urnas eletrônicas e faz um trabalho eficiente no combate à desinformação e às fake news. A missão é composta por 30 organismos eleitorais de 23 países do continente americano e assinou acordo com o TSE em agosto para realizar a Missão de Observação Eleitoral (MOE) nas eleições brasileiras.

Países de língua portuguesa

Mais cedo, a Missão de Observação Eleitoral (MOE) da Rede dos Órgãos Jurisdicionais e de Administração Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (Rojae-CPLP) já havia destacado a segurança e confiabilidade do processo eletrônico de votação brasileiro.

A declaração foi divulgada em entrevista coletiva realizada pela manhã, em Brasília. Participaram o presidente da missão, João Damião, membro da Comissão Nacional Eleitoral de Angola, e o porta-voz, João Almeida.

O documento divulgado pela organização ressalta que as eleições transcorreram de acordo com os preceitos e requisitos internacionais. A utilização de meios eletrônicos de votação revelou-se “segura, confiável e não suscitou reclamações”, afirma. Acrescenta que não foram observados motivos que possam dar margem a questionamentos sobre a transparência da eleição. “O povo brasileiro é pacífico, e não esperávamos nada diferente disso”, ressaltou o porta-voz na coletiva.

A delegação é composta por 14 observadores de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e Timor-Leste e acompanhou os trabalhos do dia da votação, desde a abertura e até o encerramento das seções eleitorais.



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