Nomes de equipe de transição são cotados para assumir secretarias de Haddad

Nomes de Luis Fernando Massonetto e Úrsula Peres ganham força para integrar governo do PT em São Paulo

São Paulo – Enquanto o prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), parte para um pequeno período de férias, a nomeação do secretariado da próxima gestão municipal fica em suspenso. Ao menos oficialmente. Após algumas especulações começam a surgir nomes que devem compor a equipe de Haddad a partir de 1º de janeiro de 2013.

Ontem (30), após o encontro entre o atual prefeito, Gilberto Kassab (PT), e o petista, o coordenador da campanha e da equipe de transição, Antônio Donato, foi questionado sobre conversas a respeito do futuro secretariado de Haddad. Em resposta, afirmou que a discussão de ontem se resumiu a tratar apenas da colaboração entre as equipes do atual mandatário e do eleito.

“Não tratamos de nenhuma outra questão sobre composição política do governo”, garantiu. No entanto, ao falar dos membros de sua equipe de transição, Donato mencionou dois nomes: o de Luís Fernando Massonetto e Úrsula Peres. Como, segundo reza a tradição, os componentes da transição são a priori cotados para o secretariado, ambos já saem na frente na corrida. 

Mais do que isso, Luís Fernando Massonetto era considerado o braço direito de Haddad no Ministério da Educação, comandado pelo agora prefeito de 2005 a 2012. É considerado nome certo. Haddad e Massonetto trabalham junto há dez anos. Em 2002, estiveram na Secretaria Municipal de Finanças, no governo de Marta Suplicy. Ministro da Educação, Haddad levou Massonetto para Brasília, onde ficou até abril deste ano como secretário de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres). Na gestão de Aloizio Mercadante, ele cedeu lugar a Jorge Rodrigo Araújo Messias. 

Além da proximidade com Haddad, Massonetto, formado em Direito no Largo São Francisco, em São Paulo, angariou simpatia do PT de São Paulo, ao qual é filiado, por seu trabalho na campanha, considerado discreto e eficiente, inclusive como interlocutor confiável do publicitário João Santana. Ele poderia assumir tanto a Secretaria de Negócios Jurídicos como a Secretaria de Governo, para a qual o próprio Donato é cotado. 

Úrsula Peres é professora da USP na área de finanças públicas. Embora qualquer nome no momento esteja apenas no terreno da especulação, ela é cotada para secretarias de Finanças ou Planejamento, Orçamento e Gestão. 

Marcio Pochmann, candidato derrotado à prefeitura de Campinas, onde Jonas Donizette (PSB) se elegeu no segundo turno, poderia assumir a pasta das Finanças. Na bolsa de apostas pós-eleição, ele é citado como possível nome no secretariado de Fernando Haddad em São Paulo, mas ele poderia ficar em Campinas para consolidar o processo de reestruturação do partido. “Não tem nada fechado em relação a isso. Vai haver uma conversa política”, afirmou hoje à RBA.

O nome do vereador eleito Nabil Bonduki (PT) é ventilado. Ele poderia assumir a pasta do Desenvolvimento Urbano.