‘Nada eficiente’ para controlar a inflação, Bolsonaro é reprovado por 60%
Além da reprovação do governo, pesquisa mostra que 59% não votariam de jeito nenhum no atual presidente
Publicado 30/05/2022 - 16h33
São Paulo – Pesquisa FSB/BTG Pactual divulgada nesta segunda-feira (30) mostra que a inflação é um fator que tem levado à reprovação o governo de Jair Bolsonaro (PL) e rejeição ao nome do presidente, que é pré-candidato à reeleição. Dos 2 mil eleitores entrevistados por telefone entre sexta e domingo (27 a 29), mais da metade (60%) desaprova a forma bolsonarista de governar o país. A aprovação vem de 35%, para 3% é indiferente – nem aprovam e nem desaprovam – e 2% não souberam responder.
Aprovação da forma de governar de Jair Bolsonaro
O governo como um todo também é mal avaliado pela maioria dos entrevistados. Para 42%, o governo de Jair Bolsonaro é péssimo, para 8% é ruim e regular mais negativo para 10%.
Avaliação do governo Bolsonaro
É também mal avaliado o conjunto das medidas do governo para lidar com a alta dos preços sobretudo de alimentos, energia e de combustíveis, que tem feito a inflação disparar. Para 32%, não é nada eficiente e pouco eficiente para 26%.
A inflação medida pelo IPCA acelerou para 1,06% em abril, segundo o IBGE divulgou no último dia 11. Desde 1996 não havia tamanha inflação no mês. Nos 12 meses anteriores, a inflação acumulada somou 12,13%, maior patamar desde outubro de 2003, que foi de 13,98%.
Em março, o IBGE já havia mostrado que os brasileiros não viam a cara do dragão da inflação tão de perto fazia 28 anos. Naquele mês, os preços ao consumidor subiram 1,62%.
Eficiência das medidas do governo para controlar e reduzir a inflação
A mesma pesquisa questionou os entrevistados sobre a percepção a respeito da inflação nos últimos três meses. Para 85% aumentou muito e para 10% aumentou um pouco.
Inflação nos últimos três meses
As expectativas dos participantes quanto à inflação nos próximos três meses também fizeram parte do questionário, mostrando um eleitorado desanimado. Para 45%, vai aumentar muito e para 25%, um pouco. Só 8% acreditam em redução.
A rejeição do presidente foi coerente com a má avaliação de seu governo. Do total, 59% dos entrevistados afirmaram não votar em Bolsonaro de jeito nenhum. Uma rejeição maior que a aferida na pesquisa anterior, realizada no final de abril, que foi de 57%.
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