LUTA PELA DEMOCRACIA

Movimentos repudiam atos golpistas em Brasília. USP convoca para ato pela democracia

Ato será às 9h, no Largo São Francisco. “É inadmissível a omissão do governo do DF”, diz Fenaj. “Não aceitaremos retrocessos na nem tentativas de golpe”, destacam m mulheres camponesas

Marcelo Camargo / Agência Brasil
Marcelo Camargo / Agência Brasil
Manifestantes contra a democracia: mobilização de bolsonaristas tenta promover um dia de caos na capital federal

São Paulo – A reitoria da Universidade de São Paulo e a diretoria da Faculdade de Direito da USP divulgaram na tarde deste domingo (8) convocação para um ato em defesa da democracia. O ato será realizado no Salão Nobre da faculdade, no Largo São Francisco, centro de São Paulo, a partir das 9h desta segunda-feira (9).

Além disso, movimentos e organizações que representam a sociedade civil se manifestaram neste domingo contra os atos golpistas promovidos por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Brasília, que invadiram o Congresso, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto.

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e os 31 sindicatos filiados repudiaram em nota a invasão aos prédios públicos e os ataques à democracia brasileira. “É inadmissível a omissão do governo do Distrito Federal, bem como a leniência de parte das Forças Armadas, da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal diante da escalada anticonstitucional do bolsonarismo”, destacou a Fenaj.

“O povo exerceu o direito ao voto e fez sua escolha. Não aceitaremos retrocessos na democracia, nem tentativas de golpe. Nosso país caminha para um novo momento histórico e não retrocederemos”, disse o Movimento das Mulheres Camponesas (MMC).

A Confederaçãoo Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag) também repudiou o ato realizado por vândalos terroristas.

Confira a íntegra das notas

Fenaj: Terroristas bolsonaristas atacam o estado democrático e direito

O Brasil assistiu neste domingo (08) a lamentáveis ataques à democracia brasileira, promovidos por bolsonaristas que não aceitam o resultado das eleições. O Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF) foram invadidos, depredados e saqueados por terroristas a serviço de uma força política fascista, que tem como principal líder o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e os 31 Sindicatos de Jornalistas filiados repudiam de forma veemente a invasão aos prédios públicos e os ataques à democracia brasileira. O evento acontece uma semana depois de o país assistir a uma linda, diversa e inclusiva festa cívica, na posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A Fenaj e os sindicatos filiados denunciam firmemente esse agrupamento que insiste em desafiar a Constituição, mantendo acampamentos em frente a quartéis do Exército, promovendo ações terrorista em Brasília e pedindo intervenção militar.

É inadmissível a omissão do governo do Distrito Federal, bem como a leniência de parte das Forças Armadas, da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal diante da escalada anticonstitucional do bolsonarismo. Em qualquer país moderno e democrático, atitudes como as que temos visto no Brasil seriam severamente reprimidas e punidas, em defesa do bem maior e coletivo.

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Os jornalistas brasileiros, no exercício de seu trabalho profissional, têm sido vítimas de intimidações e agressões por membros e apoiadores desse grupo político violento e antidemocrático. São centenas os casos registrados nos últimos anos, quase uma dezena apenas na primeira semana desse ano.

Exigimos apuração e rigorosa punição dos responsáveis por este grave atentado à democracia brasileira, incluindo financiadores e realizadores. Alertamos, ainda, para a necessidade de as forças de segurança combaterem o cerceamento ao trabalho dos jornalistas, vítimas recorrentes da onda de violência das hordas bolsonaristas.

Solidarizamo-nos com as equipes de imprensa agredidas e colocamos as estruturas sindicais à disposição da categoria.

Brasília, 8 de janeiro de 2023


Movimento das Mulheres Camponesas (MMC)

Nós, camponesas organizadas no MMC Brasil, diante dos fatos ocorridos no dia de hoje, 8 de janeiro, em Brasília, reafirmamos nossa DEFESA INTRANSIGENTE DA DEMOCRACIA!

O povo exerceu o direito ao voto e fez sua escolha. Não aceitaremos retrocessos na democracia, nem tentativas de golpe. Nosso país caminha para um novo momento histórico e não retrocederemos.

Não ao terrorismo! Investigação e punição aos terroristas que depredaram espaços públicos e que ameaçam o estado democrático. Investigação e punição às autoridades omissas, bem como aos financiadores desses atos golpistas.

Não ao golpismo!

O Brasil não cederá ao terrorismo.