São Paulo – O ex-ministro do governo Bolsonaro e ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro (União Brasil) foi escrachado na manhã deste sábado em uma feira livre em bairro de classe média em Curitiba, chamado Juvevê.

“Vai pra São Paulo, Moro”, diz a mulher que grava a caminhada de Moro e equipe de segurança e assessores pela feira. “Cadê o domicílio eleitoral de São Paulo”, pergunta a mulher.

O ex-juiz não conseguiu mudar seu domicílio eleitoral para concorrer pelo Senado paulista antes de decidir pelo Paraná, o que resultou em uma investigação contra ele e sua esposa, Rosângela Moro.

“Moro bandido, ladrão”, grita. Outras pessoas aderiram ao protesto contra a presença de Moro e ele foi chamado de “mentiroso”, “safado”.

Confira o vídeo

Sérgio Moro vaiado e chamado de safado em Curitiba, em pleno bairro Juvevê, região de classe média da capital paranaense. pic.twitter.com/J2eWXDWM7N

— Deputado Alencar Santana – #Lula13 (@AlencarBraga13) August 6, 2022

Candidato ao Senado pelo Paraná depois de desistir de concorrer à presidência, Moro vestia um terno azul, tentando esconder sua vergonha diante da humilhação pela qual estava passando. “Vai para o lixo da história”, diz uma cidadã.

O bairro do Juvevê tem um dos metros quadrados mais caros de Curitiba. É lá onde o procurador Deltan Dallagnol, ex-comparsa de Moro na Lava Jato, possui dois apartamentos, no condomínio Plymouth Hill’s, um dos mais luxuosos da cidade.

No vídeo, não se ouve sequer uma palavra de apoio ao ex-ministro do governo Bolsonaro, em seu próprio estado.

TRE-SP acolheu ação do deputado Alexandre Padilha

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) rejeitou no dia 7 de junho deste ano a transferência do domicílio eleitoral do ex-juiz e ex-ministro para São Paulo. Com isso, Moro não pôde ser candidato a senador, nem a deputado, nem a governador no estado.

A decisão do TRE-SP acolheu ação movida pelo diretório do PT na capital paulista e pelo deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP).

Foi um recurso contra a decisão da 5ª Zona Eleitoral, que aprovou o pedido de transferência de domicílio eleitoral de Sergio Moro de Curitiba (PR) para a cidade de São Paulo.

No processo, os petistas argumentam que o ex-juiz não possuia vínculo profissional em São Paulo. Além disso, Moro chegou a apresentar o endereço de um hotel para comprovar sua residência.

Com DCM

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