Moraes proíbe Mauro Cid de qualquer contato com Jair e Michelle Bolsonaro
A incomunicabilidade entre os investigados “é absolutamente necessária” ao andamento das apurações, observou o ministro do STF na decisão
Publicado 26/08/2023 - 12h56
São Paulo – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu proibir o ex-ajudante de ordens Mauro Cid de ter qualquer tipo de contato com Jair Bolsonaro e a ex-primeira dama, Michelle. Cid também não pode se relacionar com outros investigados nos inquéritos sobre os atos golpistas de 8 de janeiro e sobre desvios de presentes de governos estrangeiros.
O ex-ajudante de ordens também está proibido de ter contato com sua esposa, Gabriela, com o ex-assessor de Bolsonaro Marcelo Câmara e com o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ). Cid está preso em Brasília em decorrência da investigação da suposta fraude no cartão de vacina de Bolsonaro.
“A incomunicabilidade entre os investigados alvos das medidas é absolutamente necessária à conveniência da instrução criminal, pois existem diversos fatos cujos esclarecimentos dependem da finalização das medidas investigativas, notadamente no que diz respeito à análise do material apreendido e realização da oitiva de todos os envolvidos”, escreveu Moraes na decisão, datada na quarta-feira (23).
Mensagens teriam incentivado 8 de janeiro
Em outras palavras, a comunicação entre os investigados pode prejudicar o andamento das apurações, segundo o ministro do STF, que se se baseia em relatório da Polícia Federal que encontrou conversas no celular de Cid. Essas mensagens incentivariam atos antidemocráticos contra o resultado das eleições presidenciais de 2022.
De acordo com a PF, “a atuação dos investigados, possivelmente, foi um dos elementos que contribuíram para os atos criminosos ocorridos no dia 8 de janeiro de 2023”.
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