São Paulo – A ex-senadora Marina Silva afirmou hoje (15) que foi distorcida sua fala em defesa do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) proferida durante debate na Universidade Católica de Pernambuco. No encontro, ocorrido ontem, ela afirmou que o debate em torno da presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara está sendo conduzido de forma equivocada.

“Acho que tem uma discussão que está acontecendo hoje no Congresso, potencializada inclusive por uma pessoa que foi da Comissão de Direitos Humanos, que é o deputado Feliciano, que não tem tradição de defesa dos direitos humanos, e que está sendo criticado por ser evangélico, e não por suas posições políticas equivocadas. A gente acaba combatendo um preconceito com outro. Se porventura ele fosse ateu não gostaria de dizer que as posições equivocadas dele são pelo fato de ser ateu”, disse. “Ninguém vai impor comportamentos religiosos a ninguém usando o Estado. Até porque isso é antibíblico.”

Em seu perfil na rede social Twitter, Marina Silva afirmou hoje que a reportagem do jornal Diário de Pernambuco “distorce o que falei sobre Feliciano. Repeti as críticas que tenho feito a ele desde q ele assumiu CDH”. Em seguida, ela colocou o link para uma reportagem do portal G1 na qual criticava o deputado.

A Rede Sustentabilidade divulgou nota hoje na qual afirma que as declarações “foram interpretadas equivocadamente por alguns órgãos da imprensa”.  “Na ocasião, ao responder a uma pergunta, Marina Silva criticou o deputado Feliciano e, de forma didática, dissociou isto da opção religiosa dele. ‘Minha fala foi tirada do contexto. Minha opinião sobre Feliciano continua a mesma, o considero despreparado para presidir a CDHM. Mas o fato é que não se deve criticá-lo por ele professar uma religião, mas por suas opiniões e atitudes'”, afirma Marina na nota.