São Paulo – A Polícia Federal realizou ontem (24) a Operação Murder Inc e prendeu o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ), o conselheiro do TCE-RJ Domingos Brazão e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Os três tiveram mandados de prisão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e são acusados de ser mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, há seis anos.

Foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e 12 de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo, todos na cidade do Rio de Janeiro. A investigação avançou após delação do ex-policial militar Ronnie Lessa, preso como executor do crime, ocorrido no dia 14 de março de 2018. Por ter investigados com foro privilegiado, o inquérito chegou ao STF e, por sorteio, é relatado pelo ministro Alexandre de Moraes.

Nesta segunda-feira (25), a Primeira Turma do STF formou maioria de votos e confirmou a decisão do ministro Alexandre de Moraes que levou à prisão dos três suspeitos. A análise termina às 23h59, mas é provável que o placar seja definido mais cedo.

Em entrevista coletiva ontem, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse que a elucidação do Caso Marielle é “triunfo expressivo do Estado brasileiro contra o crime organizado”. Ele também destacou que o inquérito conseguiu obter provas suficientes para o oferecimento de denúncia contra os executores e mandantes do crime. Com a denúncia aceita pela Justiça, começa efetivamente a ação penal.

“Nesse momento, temos bem claro os executores desse crime odioso, de natureza política. É claro que poderão surgir novos elementos, mas, nesse momento, os trabalhos foram dados como encerrados [pela Polícia Federal], disse o ministro.

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Ex-integrante do STF, Lewandowski também lembrou que as investigações só avançaram a partir da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro Flávio Dino, seu antecessor na pasta da Justiça. Também elogiou o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito na Corte, pela rápida homologação da delação de Ronnie Lessa, preso como executor do crime.

Moraes retirou na tarde deste domingo o sigilo da decisão que levou às prisões. Leia aqui a íntegra do relatório da Polícia Federal que levou à prisão dos articuladores do assassinato de Marielle Franco.