Caso Marielle

Delegado nomeado um dia antes do crime e investigador que escreveu livro sobre Marielle também são alvo da PF

O delegado Rivaldo Barbosa, preso por suposto envolvimento no crime, teria combinado com Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), que garantiria a impunidade

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Ex chefe da Polícia Civil foi nomeado durante intervenção federal no estado do RJ

São Paulo – O delegado Rivaldo Barbosa, preso neste domingo (24) na Operação Murder Inc, da Polícia Federal, por suposto envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco, tomou posse na chefia da Polícia Civil do Rio de Janeiro no dia 13 de março de 2018, um dia antes do crime.

Segundo as investigações, Rivaldo teria combinado com Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), que garantiria a impunidade do crime. Domingos Brazão e o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ) também foram presos.

Rivaldo Barbosa foi nomeado pelo general Walter Braga Netto, então interventor na segurança pública do estado. Na ocasião, com justificativa na escalada de violência, o então presidente Michel Temer decretou intervenção federal no estado do Rio de Janeiro.

Delegado afastado

A Polícia Federal também cumpriu mandados de busca e apreensão nas sedes do TCE e da Chefia da Polícia Civil, além da casa do delegado Giniton Lages, chefe da delegacia de Homicídios do Rio quando Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, foram assassinados.

Giniton foi afastado das funções na Polícia Civil e é investigado. Ele chegou a escrever um livro contando bastidores da investigação. Intitulado “Quem matou Marielle? Os bastidores do caso que abalou o Brasil e o mundo”, o livro tem 296 páginas.

Leia também: Polícia Federal prende três suspeitos por morte de Marielle Franco e Anderson Gomes

Além de Giniton Lages, o seu chefe de investigação à época, Marcos Antônio de Barros Pinto, teve documentos e celulares apreendidos.

Na rede social X, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, falou sobre o caso. Freixo era próximo de Marielle Franco, que trabalhou em seu gabinete na Assembleia Legistativa do Rio de Janeiro.


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