Time técnico-político

Lara Resende e Guilherme Mello aceitam convite para integrar equipe de transição de Lula

Equipe do presidente eleito confirmou os nomes dos novos integrantes neste sábado (5). André Lara Resende é um dos formuladores do Plano Real e foi presidente do BNDES. Outro importante economista, Guilherme Mello é do quadro técnico do PT

Linkedin/André Lara Resende
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Nome de peso do Plano Real, André Lara Resende (foto) já havia declarado apoio a Lula ainda no primeiro turno das eleições

São Paulo – O economista André Lara Resende, um dos formuladores do Plano Real, aceitou o convite feito pela equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e passará a integrar, a partir desta segunda-feira (7), o time de transição de governo. O convite partiu do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), que coordena a mudança de governo, e foi confirmado pela equipe neste sábado (5). 

Lara Resende também já ocupou a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC). Além dele, outro importante economista, Guilherme Mello, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), também foi chamado e anunciou que participará da equipe de transição. Mello é um nome do quadro técnico do PT  e, durante a campanha, ajudou a formular parte dos itens da área econômica do plano de governo de Lula. 

A equipe de Lula, contudo, quer ampliar o escopo ideológico nessa transição, também com o nome de Pérsio Arida, outro economista do Plano Real que, durante o governo de FHC, chegou a ser presidente do Banco Central. Até a tarde deste sábado, ele ainda não havia confirmado se fará ou não parte parte da equipe. Mas, segundo informações do jornal O Globo, a expectativa é positiva sobre a resposta do economista que mantém proximidade razoável com Alckmin. Os dois liberais – Arida e Lara Resende – já haviam declarado apoio a Lula ainda no primeiro turno das eleições. 

Expectativa sobre ministérios 

As confirmações na tarde de hoje também fizeram crescer a expectativa do mercado financeiro em torno da indicação para o Ministério da Fazenda. Guilheme Mello também está entre os cotados para assumir a pasta, assim como o ex-ministro Nelson Barbosa. Na imprensa, também se especulam sobre os nomes de Alckmin, do deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) e do ex-candidato ao governo de São Paulo, Fernando Haddad. Mas a indicação é que Haddad, por exemplo, assuma o Ministério do Planejamento, segundo informações da CBN

Durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), a pasta foi fundida com a Economia, mas durante a campanha, Lula prometeu recriá-la. O presidente eleito tem, nestes dois meses de transição, o direito de indicar até 50 nomes para integrar sua equipe. O vice-presidente eleito já foi oficialmente nomeado como chefe da transição pelo atual ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. A socióloga Neca Setubal, herdeira do Banco Itaú, também já foi indicada nesta semana. Ela é aliada da deputada federal eleita Marina Silva (Rede). Outro nome confirmado na equipe é o da presidenta-executiva da organização Todos pela Educação, Priscila Cruz. 

Pelos partidos, o deputado Wolney Queiroz foi o indicado pelo presidente do PDT, Carlos Lupi, para compor a equipe de transição. A Rede deve sugerir o ambientalista da executiva Pedro Ivo e seu porta-voz Wesley Diógenes. No MDB, a indicação deve ficar entre o líder da Câmara, Isnaldo Bulhões, ou do Senado, Eduardo Braga. Já no PSD, o nome mais cotado é o do senador reeleito Otto Alencar, considerado um aliado histórico de Lula e parlamentar da Bahia, estado decisivo para a vitória de Lula. 


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