Mãos à obra

Ministro Ciro Nogueira nomeia Alckmin para conduzir a transição de governo

Equipe de Lula será composta de 50 representantes do futuro governo, que a partir de segunda-feira começam a trabalhar na sede do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília

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Mercadante, Alckmin e Gleisi: planejamento das primeiras medidas do futuro governo Lula

São Paulo – A edição desta sexta-feira (4) do Diário Oficial da União (DOU) traz portaria do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, que nomeia o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, para o Cargo Especial de Transição Governamental. Com a publicação, fica oficializado o início dos trabalhos de transição da gestão de Jair Bolsonaro (PL) para o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Nessa quinta-feira,  Alckmin (PSB), encontrou-se, no Palácio do Planalto, com o ministro Ciro Nogueira, no que foi a primeira reunião para tratar da transição. Alckmin foi escolhido por Lula para coordenar a equipe de transição. Ciro, por sua vez, chefia os trabalhos pelo lado do governo Bolsonaro.

O vice-presidente eleito chegou ao Planalto acompanhado da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e do coordenador do plano de governo de Lula, Aloizio Mercadante. Alckmin disse que a conversa foi “bastante proveitosa” e reforçou, em mais de uma oportunidade durante entrevista, que a “transição já começou”.

A equipe da transição vai trabalhar no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília. “Amanhã (sexta-feira, 4), a Gleisi e o Mercadante vão lá fazer uma visita, e nós deveremos começar a partir de segunda-feira (7)”, disse Alckmin.

A legislação dá ao presidente eleito o direito de formar uma equipe de transição, com 50 cargos à disposição, para ter acesso aos dados da administração pública e preparar as primeiras medidas do novo governo.

O vice-presidente eleito não quis antecipar nomes que vão compor a equipe de transição. Disse, porém, que eles virão de partidos que compuseram a coligação de Lula nas eleições.

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Alckmin afirmou que nomes do MDB e do PDT, que aderiram à candidatura de Lula no segundo turno, também devem fazer indicações para a equipe de transição. Ele não descartou a participação de nomes de partidos de centro.

“A partir de segunda-feira, depois da reunião com o presidente Lula, a gente começa a divulgar os nomes da transição”, declarou.

Bolsonaro não pretende se envolver diretamente na transição. Ele levou dois dias para se manifestar sobre o resultado da eleição, não parabenizou Lula e disse apenas que cumprirá a Constituição. Coube a Nogueira informar que o presidente o autorizou a seguir a lei e dar início ao processo de transição.

Segundo a agência de notícias Reuters, o PT mapeou servidores que poderiam ajudar nos ministérios e pretende requisitá-los. Havia um temor de pouca colaboração do governo atual ao ceder informações, daí a necessidade de trabalhar com servidores.


Com informações do g1 e Reuters


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