1º ano de Lula

Governo mostra redução no desemprego e aumento nos investimentos de saúde e educação

Em reunião ministerial nesta segunda (18), o chefe da Casa Civil, Rui Costa, apresentou ações do primeiro ano de Lula em todas as áreas do governo. E destacou perspectiva de que o Brasil continue crescendo de forma sustentável

Ricardo Stuckert/PR
Ricardo Stuckert/PR
Na primeira reunião ministerial deste ano, Lula e Rui Costa apresentaram um balanço das realizações dos 13 meses de seu governo, desde janeiro de 2023

São Paulo – Na abertura da reunião ministerial nesta segunda-feira (18), o chefe da Casa Civil, Rui Costa, apresentou um balanço do primeiro ano do governo Lula (PT), mostrando crescimento e resultados positivos em todas as áreas do governo. Entre os dados divulgados ao presidente e seus 38 ministros que o acompanhavam no encontro transmitido ao vivo, Costa destacou logo no início a queda na taxa de desemprego, para 7,8% no ano passado, o menor patamar desde 2014.

No período, a renda do trabalhador brasileiro também obteve o maior salto desde o Plano Real, há 29 anos. Com a retomada da política de valorização do salário mínimo, desfeita pelo governo anterior de Jair Bolsonaro (PL), houve aumento real, acima da inflação, de 11,7% na massa de rendimento do trabalho. Diante das mudanças em relação à gestão do ex-presidente, a equipe da Casa Civil também destacou a volta do programa Bolsa Família ao seu conceito estrutural de cuidados das famílias e das crianças.

Houve um aumento de 12% no valor médio pago do benefício social, que é de R$ 680,60. Atualmente, o Bolsa Família vem sendo acessado por 55,7 milhões de pessoas. A apresentação do ministro foi dividida em outros cinco eixos. Desde o “Cuidando das Pessoas”, ao “Cuidando das Cidades, do Campo e do Meio Ambiente”, “Cuidando da Economia”, “Cuidando dos Investimentos”, Cuidando do Pacto Federativo, do Diálogo e da Democracia” e “Política Externa Ativa e Altiva”.

Investimentos na saúde

Ainda no primeiro eixo, Rui Costa também destacou os investimentos na saúde. Com o retorno do programa federal Mais Médicos, o Brasil registrou um crescimento de 85% na contratação desse profissional na saúde. Hoje há 25.421 médicos atuando, principalmente em municípios menores, segundo o governo. Em 2022, por exemplo, eram pouco mais de 13 mil profissionais na ativa. Além disso, pelo menos 9,3 milhões de pessoas, em média, passaram a ter acesso a medicamentos de forma gratuita por meio do Farmácia Popular. Uma alta de 13%.

O ministro apontou uma ampliação de 20% nos repasses a estados e municípios pelo Fundo Nacional de Saúde, que chegou a R$ 72,3 bilhões. Assim como uma alta de 17% nos investimentos do Samu.

Já na área de educação, o governo chamou atenção para o crescimento de 48% no reajuste da merenda escolar. O que para muitos alunos é a garantia da alimentação do dia. Houve um reajuste na ordem de R$ 5,2 milhões. Sendo que em 2022, o valor foi o menor desde 2017, com R$ 3,5 milhões.

Prioridade nas escolas integrais

Prioridade do presidente, o valor pago pela União para o fomento de escolas em tempo integral também cresceu. Foi maior do que a soma de todo o período dos últimos cinco anos. Quase R$ 2 bilhões foram investidos no ano passado para acrescentar neste ano um milhão de jovens nessa modalidade nas redes municipal e estadual. A promessa da Casa Civil é de que esses investimentos cresçam ainda mais por meio das obras para construção de creches e escolas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

“Ai está a expressão de prioridade do governo. Não só a aprendizagem é melhor em tempo integral. Como também a oportunidade do jovem ter além de uma educação formal, uma educação profissional no contraturno e ter acesso a atividades culturais e esportivas. E como efeito dessa medida é a proteção da família e do jovem. (Porque a escola em tempo integral) retira o jovem muitas vezes de estarem na rua”, garantiu Rui Costa.

Na área voltada ao balanço dos investimentos, o ministro disse que, em 2024, deverá ser registrado o maior investimento com o setor privado da série histórica brasileira. O titular da Casa Civil apontou para a inflação em queda, e dentro da meta no ano passado. E citou melhorias nos resultadas da balança comercial. De acordo com o levantamento do governo federal, o crescimento chegou a 61%. Com um saldo de R$ 98,9 bilhões ante R$ 61,5 bilhões registrados sob Bolsonaro.

Brasil de volta no mundo

O gráfico da balança comercial, conforme afirmou Rui Costa, expressa o esforço de Lula em “reapresentar o Brasil para o mundo, em restabelecer as relações diplomáticas e comerciais”. “Isso tudo se traduz na volta do comércio internacional do Brasil. Quando se exporta mais, temos aumento do emprego, aumento da renda. E essa tendência é contínua, porque o volume de mercados e relações abertas pelo presidente vão se materializando ao longo dos meses desse ano com aumento nas exportações e na renda do país”.

Ao mostrar segurança jurídica e garantir previsibilidade dos investimentos, a gestão Lula também sinalizou para o mundo uma queda do chamado “Risco Brasil”, segundo o governo. Os dados mostram uma redução 25%, com 195 pontos no primeiro ano de Lula contra 256 do presidente anterior. Em paralelo, a confiança também cresceu entre os brasileiros, como mostra o recorde de venda de imóveis ano passado. Apenas com o Minha Casa, Minha Vida, ao menos 80 mil obras foram retomadas.

Rui Costa concluiu sua apresentação destacando a perspectiva de que os gráficos e as informações do governo no próximo ano sigam mostrando a “continuidade desse crescimento nos diversos indicadores que refletem a economia brasileira. O cuidado com as pessoas, saúde e educação, o cuidado e bem-estar da infraestrutura da logística, com o ‘risco Brasil’ que o senhor (Lula) está orientando para que esse país cresça de forma sustentável”, finalizou o ministro. Confira a apresentação na íntegra aqui.

Redação: Clara Assunção – Edição: Helder Lima