Rotina de família

Jair Renan Bolsonaro, o Zero 4, é alvo de operação da Polícia Civil e tem celular apreendido

Investigação apura esquema de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, que atuava com um laranja e empresas fantasmas

Alan Santos/PR
Alan Santos/PR
O celular, um HD e alguns papeis com anotações eleitorais do filho mais novo do ex-presidente foram apreendidos

São Paulo – O filho mais novo de Jair Bolsonaro (PL), Jair Renan, também conhecido como Zero 4, foi alvo de mandado de busca e apreensão na operação Nexum, da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), na manhã desta quinta-feira (24). O celular, um HD e alguns papeis com anotações eleitorais do caçula do ex-presidente foram apreendidos. A investigação apura um esquema de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.

O mandado contra Jair Renan é cumprido no apartamento onde ele mora em Balneário Camboriú (SC). E

Em nota, a Polícia Civil informou que cumpre dois mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão “com o objetivo de reprimir a prática, em tese, de crimes contra a fé pública e associação criminosa, além de crimes cometidos em prejuízo do erário do Distrito Federal”.

Além do Zero 4, há dois outros alvos: o amigo de Jair Renan e instrutor de tiro Maciel Carvalho, que foi preso. O outro é Eduardo Alves dos Santos, que está foragido e é investigado por ser “testa de ferro” do esquema. Maciel é suspeito de vender armas ilegalmente e falsificar documentos para ser registrado como Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). Jair Renan treinava tiro em seu clube e eles frequentavam festas juntos, diz matéria do g1.

Falsa identidade

Segundo a Polícia Civil, o grupo atuava com um laranja e empresas fantasmas. A corporação destaca que os investigados teriam criado uma pessoa de nome Antonio Amancio Alves Mandarrari, cuja identidade falsa foi usada para abrir contas em bancos e representar pessoas jurídicas, que faziam papel de “laranjas”.

“A investigação apontou para a existência de uma associação criminosa cuja estratégia para obter indevida vantagem econômica passa pela inserção de um terceiro, testa de ferro ou laranja, para se ocultar o verdadeiro proprietário das empresas de fachada ou empresas fantasmas, utilizadas pelo alvo principal e seus comparsas”, diz a PCDF.

O advogado de Jair Renan Bolsonaro, Admar Gonzaga, afirmou – como é de praxe – que seu cliente foi surpreendido pela operação.

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