golpismo

Bolsonaro teria ordenado disparo em massa de fake news: ‘Repassa ao máximo’

Polícia Federal encontrou a ordem que partiu do contato “PR Bolsonaro 8” no celular do empresário Meyer Nigri, dono da Tecnisa, investigado por envolvimento em suspeita de tentativa de golpe

Arquivo pessoal
Arquivo pessoal
Do contato atribuído ao então presidente partiu ordem de disseminação de notícias falsas e ataques ao ministro Barroso

São Paulo – A Polícia Federal (PF) encontrou mensagens, que seriam do então presidente Jair Bolsonaro (PL), ordenando ao empresário Meyer Nigri que disparasse fake news em massa. Segundo reportagem do portal g1 divulgada na manhã desta terça-feira (22), a troca de mensagens foi obtida em investigação que apura o envolvimento de empresários em uma suposta tentativa de golpe de Estado. 

Segundo o portal, as mensagens atribuídas ao contato “PR Bolsonaro 8”, que seria de Bolsonaro, estavam no celular do fundador da empreiteira Tecnisa, Meyer Nigri. O conteúdo que tratava de ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e continha notícias falsas sobre as urnas eletrônicas, incluia a ordem “Repasse ao máximo”. 

Em relação ao STF, o contato vinculado a Bolsonaro chamava de “interferência” uma ação do ministro Luís Roberto Barroso, então presidente Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em defesa do voto eletrônico, “algo seguro e confiável”. E levantava dúvidas, sem qualquer comprovação, sobre as pesquisas eleitorais. A mensagem dizia que os institutos inflavam os números a favor do então adversário Lula (PT). 

Empresários defensores do golpe

O empresário dono da Tecnica então respondeu que já havia repassado as declarações infundadas a diversos grupos no aplicativo de mensagens.  

A investigação contra os empresários defensores do golpe, porém, foi arquivada por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Entretanto, ele manteve por mais 60 dias a apuração envolvendo Luciano Hang, das lojas Havan, e Nigri.

Leia também: