Bolsonarismo

Itália envia imagens de agressões a Alexandre de Moraes em Roma, diz jornalista

Pelo ataque ao ministro do STF em 15 de julho, Roberto Mantovani Filho, sua esposa, Andréia, e o genro são investigados pelos crimes de injúria, perseguição e desacato

Reprodução
Reprodução
Ao se darem conta de que cometeram crimes, agressores atribuíram "infeliz episódio" a uma “confusão interpretativa”

São Paulo – A Itália já enviou às autoridades brasileiras as imagens das agressões ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no aeroporto de Roma em 15 de julho. As gravações estão a caminho do Brasil “em mídia física”. De acordo com a jornalista Daniela Lima, da GloboNews, o envio foi confirmado pelo secretário Nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho.

Os agressores Roberto Mantovani Filho e a mulher prestaram depoimento à Polícia Federal três dias depois do ataque. O genro de Mantovani, Alex Zanatta, depôs no dia seguinte.

Em imagens iniciais de fotos no aeroporto da capital italiana, Roberto, sua esposa Andréia Mantovani e o genro aparecem com postura agressiva. Segundo relatos, Mantovani Filho agrediu o filho de Alexandre de Moraes com um tapa no rosto, fazendo com que seus óculos fossem arremessados ao chão.

O agressor foi candidato a prefeito de Santa Bárbara d’Oeste (SP) em 2004 pelo PL, hoje partido de Jair Bolsonaro, mas não chegou nem perto de se eleger. Agora empresário, desde 2016 é filiado ao PSD.

De xingamentos a busca e apreensão

Segundo foi divulgado à época, os investigadores desde o início já sabiam que a cena captada pelo circuito interno do aeroporto mostrava Andréia ofendendo e xingando Moraes na área do embarque, próximo à sala VIP do aeroporto.

No dia seguinte, já ciente do problema que enfrentaria, o casal divulgou nota em que diz que “Roberto Mantovani Filho e esposa lamentam, sinceramente, todo o acontecido”. Eles atribuíram o episódio a uma “confusão interpretativa que nasceu do desentendimento verbal entre ela e duas pessoas que acompanhavam o Ministro”.

Três dias depois do ataque, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão na casa dos bolsonaristas, em operação autorizada pela ministra do STF Rosa Weber. Os policiais recolheram aparelhos eletrônicos e documentos na casa dos envolvidos. Os suspeitos são investigados pelos crimes de injúria, perseguição e desacato.

Leia também:


Leia também


Últimas notícias